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Carne Fraca: ‘Será um desastre’, diz ministro sobre veto à carne

China, Chile e Coreia do Sul anunciaram restrições temporárias à carne brasileira

Por Da redação
Atualizado em 21 mar 2017, 15h40 - Publicado em 20 mar 2017, 18h31
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  • O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta segunda-feira (20) que o governo brasileiro precisa se apressar para dar explicações aos países que importam carne do Brasil. A preocupação é com o bloqueio desses mercados ao produto brasileiro, consequência da Operação Carne Fraca, que revelou um esquema de corrupção envolvendo fiscais agropecuários e frigoríficos.

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    “Temos que correr para atuar no mercado externo. Não podemos permitir o fechamento [do mercado]. Uma vez que aconteça o fechamento, serão muitos anos de trabalho para reabrir novamente. Nossa preocupação é não deixar sem resposta nenhum pedido de informação desses países”, afirmou ele.

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    Para Maggi, será ‘um desastre’ se os países importadores restringirem a entrada da carne brasileira. “Eu torço, rezo, penso, trabalho para isso não acontecer”, afirmou.

    Além de China, Chile e Coreia do Sul e União Europeia, o governo brasileiro recebeu pedidos de explicações do Egito. O país também está procurando outros países.

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    Representantes do Ministério da Agricultura terão uma videoconferência às 21h (horário de Brasília) com autoridades chinesas. O objetivo é liberar o desembarque da carne brasileira. Por enquanto, o produto brasileiro não pode sair dos portos chineses.

    Em relação à comunidade europeia, Maggi afirma que o governo já está conversando com os representantes para tratar da carne brasileira.

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    “Eles não tomarão nenhuma atitude contra o Brasil, a não ser contra as 21 empresas [alvo da investigação]. Dessas 21, quatro exportaram. Não há retaliação, e sim preocupação”, disse.

    Para o ministro ainda não está claro se o veto do Chile atinge apenas os produtos dos 21 frigoríficos investigados ou toda a carne brasileira

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    Segundo ele, o presidente Michel Temer autorizou que sejam tomadas medidas “mais duras” nas negociações com o Chile. “Somos grandes importadores, como de peixes e frutas, e produtores brasileiros falam em barreiras.”

    Maggi afirmou que não existe “bonzinho” no comércio internacional. “O comércio é assim, não tem só bonzinho. Comércio tem que ser feito na cotovelada e se eu tiver que ter uma reação mais forte com o Chile, terei”, afirmou.

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    Já a Coreia do Sul interrompeu a importação de frango da BRF. “A Rússia está observando o movimento da comunidade europeia. O Egito também nos comunicou sobre a possibilidade [de levantar restrições].”

    O ministro diz que espera receber pedido de explicações de mais de trinta países, referindo-se ao total de nações que importam do Brasil.

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    Intervenções

    Maggi determinou intervenção nas superintendências da pasta em Goiás e no Paraná, onde a Polícia Federal encontrou indícios de irregularidades na Operação Carne Fraca.

    Funcionários do ministério que atuam em Brasília serão deslocados para esses dois estados com a missão de “dar uma limpa” nos procedimentos. Escutas da Polícia Federal detectaram que, nessas superintendências, funcionários foram subornados para liberar a comercialização de produtos fora das especificações e até mesmo deteriorados.

    (Com Estadão Conteúdo)

     

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