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Carnaval 2012: Com Bahia, Portela empolga Sapucaí

Por Roberta Pennafort Rio – Conforme o prometido, a Portela conquistou a Sapucaí cantando a Bahia. O enredo é recorrente no carnaval carioca, e a escola não ousou: carros e alas foram calcados no sincretismo religioso e nos pontos turísticos de Salvador. Ainda assim, com samba forte, figuras carismáticas – os portelenses históricos Paulinho da […]

Por Da Redação
19 fev 2012, 23h17
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  • Por Roberta Pennafort

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    Rio – Conforme o prometido, a Portela conquistou a Sapucaí cantando a Bahia. O enredo é recorrente no carnaval carioca, e a escola não ousou: carros e alas foram calcados no sincretismo religioso e nos pontos turísticos de Salvador. Ainda assim, com samba forte, figuras carismáticas – os portelenses históricos Paulinho da Viola e Marisa Monte foram trunfos, já no abre-alas – e ideias simples – como a emocionante comissão de frente simbolizando orixás, sendo o ator Milton Gonçalves um babalorixá -, a Portela fez um desfile bonito de se ver e ouvir.

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    Os carros não tinham luxo nem capricho. O segundo, que retratava uma igreja barroca, ficou desfalcado já no setor quatro: um vaso e uma torre despencaram e se partiram quase em cima de uma frisa. Os adereços foram retirados rapidamente e a escola seguiu como se nada houvesse acontecido. O carro do Pelourinho parecia torto.

    Já o de Iemanjá, com 60 litros d’água e iluminação artística, se destacou pela beleza e pelo fato de ser azulado: as cores da Portela ficaram perdidas em meio a muito dourado e amarelo, e os portelenses na plateia se ressentiram.

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    As deficiências foram compensadas com a animação. Os quatro mil componentes cantaram com vigor, assim como o público, empolgada com a bateria de elementos africanos, com percussão turbinada por instrumentos como atabaques. As “cores, cheiros, temperos, festas, fé, santos e orixás” foram traduzidos em fantasias de cangaceiro, de capoeiristas e de baianas, e em alegorias de fácil identificação, como a dos orixás que reproduziam os do Dique do Tororó, em Salvador.

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    A cantora Clara Nunes (1942-1983), que faria 70 anos em agosto e era intérprete portelense, desfilou como uma “santa protetora”, nas palavras do carnavalesco, Paulo Menezes. Foi representada pela cantora Vanessa da Matta.

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    A Portela faz 100 anos ano que vem e quer desde já comemorar, deixando para trás anos difíceis. A rainha de bateria, a gaúcha Sheron Menezes, sabe da responsabilidade e entrou nervosa, à frente dos ritmistas filhos de Gandhi. “Por mim, estaria aqui desde as 18 horas, esperando”, disse, pouco antes.

    Portelense desde o berço, a cantora Marisa Monte, vestida de baiana estilizada, estava eufórica. “Não tenho nem palavras, perdi as contas de quantas vezes desfilei. O samba está na boca do povo”.

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    Às pressas – A Portela, assim como a Renascer de Jacarepaguá, que abriu a noite, desfilou para frisas já prontas. As cadeiras, que não haviam sido instaladas para o sábado do grupo de Acesso A, foram colocadas às pressas ontem durante a tarde. Vinte minutos antes da entrada da Renascer ainda havia funcionário fixando estruturas. A Prefeitura culpou a Liga das Escolas de Samba pelo atraso, que, por sua vez, jogou a culpa na empresa contratada para o serviço, que não o terminou no prazo estabelecido.

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