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Capitais têm uma morte a cada meia hora, revela estudo

Nova edição do Anuário Brasileiro de Segurança aponta que as capitais registraram 33 mortes para cada 100.000 habitantes no ano passado

Por Da Redação
30 set 2015, 08h39

Uma pessoa foi assassinada a cada meia hora nas capitais do país em 2014, revela a 9ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. De acordo com o estudo, foram 15.932 mortes registradas no ano passado, um aumento de 0,8% em comparação aos dados de 2013.

O anuário apresenta números preocupantes em relação à taxa de mortes violentas (homicídios, lesão corporal seguida de morte e latrocínio) nas 27 capitais: o país contabilizou no ano passado 33 casos para cada 100.000 habitantes.

Em relação aos homicídios, o pior cenário é o de Fortaleza (CE), com 75 casos para 100.000 habitantes. A capital cearense registrou 1.930 mortes no ano passado – aumento de 0,2% em relação ao ano anterior.

Na Região Sul, Porto Alegre registrou 572 homicídios em 2014, alta de 24,2% em relação a 2013, com taxa de 38,8 mortes a cada 100.000 habitantes.

União – Os dados mostram que a União gastou menos em segurança do que o Estado de São Paulo, o que mais investiu na área. Segundo a pesquisa, foram 8,1 bilhões de reais gastos pelo governo federal em 2014, enquanto o paulista gastou 10,4 bilhões de reais (valores corrigidos).

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A União também reduziu os repasses para a área: em 2013, foram gastos 8,7 bilhões de reais com segurança. A retração representa a segunda redução consecutiva dos gastos da gestão Dilma Rousseff com a pasta.

O estudo foi feito a partir do cruzamento e da consolidação das informações da Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, e das secretarias estaduais e municipais de Fazenda. O valor do Estado de São Paulo é 12% maior do que o de 2013 e 28,8% superior aos gastos da União.

O levantamento mostra que o país gastou, no total, 71,2 bilhões de reais com segurança pública no ano passado, ante 61,1 bilhões de reais em 2013, um aumento de 16,6%, graças aos Estados.

Terceiro ente federativo que mais gastou com a área no ano passado, o Estado do Rio investiu 7,7 bilhões de reais em segurança em 2014. Em relação a 2013, as despesas do governo fluminense aumentaram 9,7%. Os investimentos de Minas Gerais chegam, segundo o Fórum, a 10,1 bilhões de reais em 2014, mas esse valor inclui despesas com previdência de aposentados. Sem considerar esses gastos, o valor que o Estado gastou no setor fica em 7 bilhões de reais, aumento de 18,5% em relação a 2013, o que o coloca em quarto lugar no País.

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São Paulo – A maior cidade do país foi a que apresentou o menor índice de homicídios para cada 100.000 habitantes, com 10,6 casos em 2014. Uma redução de 5,2%, em relação ao ano anterior, segundo o anuário. Mas foi a terceira maior do país em número absoluto: 1.198 crimes.

Para o vice-presidente da Fórum, Renato Sérgio de Lima, os números mostram que se gasta muito em segurança no país. “O problema não é só o dinheiro, mas como ele é gasto. Identificamos três eixos fundamentais para um bom resultado: participação da comunidade, aperfeiçoamento dos setores de inteligência e a integração entre as polícias e Ministério Público.”

A Secretaria de Segurança Pública do Ceará informou que, até agosto, os homicídios caíram 19,3% neste ano em relação ao mesmo período do ano passado, com 263 casos a menos. A pasta do Rio Grande do Sul não quis comentar os números. A Secretaria de Segurança de São Paulo informou que os homicídios e latrocínios recuaram 10,94% e 9,06%, respectivamente, nos primeiros oito primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2014, com taxa de 9,25 casos por 100.000 habitantes.

O Ministério da Justiça afirmou que o “governo federal defende a ampliação da participação da União na segurança pública, dividindo responsabilidades com os governos estaduais, integrando esforços e agindo em regime de ampla cooperação”. O Senado aprovou Proposta de Emenda à Constituição para aumentar a responsabilidade da União na segurança.

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(Com Estadão Conteúdo)

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