Nesta quarta-feira, 17, a marca Bombril foi acusada de racismo por relançar um produto da década de 50 com o nome original: uma esponja chamada Krespinha.
Durante a manhã, a ação fez com que a hashtag #BombrilRacista entrasse nos assuntos mais comentados do Twitter. Na propaganda do produto de sete décadas atrás, o artigo foi ilustrado ao lado de uma criança com cabelos crespos.
Depois da repercussão negativa, a empresa tirou a novidade do catálogo do site. Procurada por VEJA, a companhia ainda não se pronunciou. Durante a tarde, a Bombril publicou um comunicado oficial:
Comunicado: pic.twitter.com/K4fXGOSTUr
— Bombril (@BombrilOficial) June 17, 2020
Confira a repercussão:
ASSINE VEJA
Clique e AssineKrespinha, a esponja de aço da Bombril, perpetua estereótipos racistas e imagens de controle que associam o corpo de mulheres negras ao trabalho doméstico pesado. O nome e o mkt é baseado em racismo. Fere historicamente a subjetividade de mulheres negras e segue firme no mercado.
— Conecto pessoas através de livros na @winnieteca (@winniebueno) June 17, 2020
eu acordo e a @BombrilOficial, começou a vender uma esponja de aço com o nome KRESPINHA massificando novamente a ideia de que cabelos crespos servem para limpar, coisa que a gente cresceu ouvindo e que sempre doeu demais.
era racista em 1952, continua sendo em 2020. pic.twitter.com/O5DcOhbATB
— true star(r) in every sense 💫 (@falaanarosa) June 17, 2020
Cabelos crespos não são esponjas de aço, isso é um estereótipo racista. A gente tá em 2020, já falamos VARIAS E VARIAS vezes sobre cabelos crespos.
Não é possível q as marcas ainda vão continuar batendo na mesma tecla.
— Tati Nefertari (@TatiNefertari) June 17, 2020
Demorei uma vida inteira para ter uma relação de amor e respeito com o meu cabelo. Cresci ouvindo que ele era ruim, que era igual Bombril, mas felizmente hoje me aceito por completo e tenho certeza de que a única coisa ruim nessa história toda é o preconceito! #bombrilracista pic.twitter.com/BHFOvlBQ3G
— Juh Sarah (@JuhSarah) June 17, 2020