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Bolsonaro pede à OEA que Venezuela se manifeste sobre óleo no Nordeste

Em pronunciamento em cadeia nacional, ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles afirmou que material provém 'de poços e mistura de origem venezuelana'

Por Da Redação 23 out 2019, 21h17
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  • O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles afirmou, nesta quarta-feira, 23, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, que o presidente Jair Bolsonaro determinou que fosse encaminhada solicitação formal à Organização dos Estados Americanos (OEA) para que a Venezuela se manifeste sobre o óleo coletado nas praias do litoral do Nordeste.

    “O presidente da República determinou que fosse encaminhada solicitação formal à OEA, Organização dos Estados Americanos, para que a Venezuela se manifeste sobre o material coletado. O presidente Jair Bolsonaro determinou, ainda, a liberação de seguro defeso para aqueles que vivem da pesca e que têm sido prejudicados pela contaminação do óleo, bem como auxílio aos estados e municípios atingidos”, disse o ministro.

    Segundo Salles, amostras do resíduo “foram analisadas em laboratórios especializados, que identificaram que esse material não foi extraído do território nacional, mas provém, conforme demonstrado por análise técnica, de poços e mistura de origem venezuelana”.

    Ricardo Salles disse, ainda, que só é possível identificar as manchas de óleo quando chegam na costa brasileira. “Por tratarem-se de um material pesado, que se movimenta a cerca de 1 metro e meio abaixo do nível da superfície, impossibilitando a sua identificação e rastreamento, seja pelos sistemas de satélite e radar, ou mesmo na tentativa visual por barcos, aviões e helicópteros”. O resíduo atinge 72 municípios dos estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Bahia. 

    Na terça-feira 22, Bolsonaro questionou, em sua conta no Twitter, o que classificou como “silêncio” de ONGs e partidos da esquerda sobre a questão e diz que está fortalecida a tese de que o derramamento tem origem criminosa e pode estar ligado ao ditador venezuelano Nicolás Maduro.

    “No mínimo estranho o silêncio de ONGs e esquerda brasileira sobre o óleo nas praias do Nordeste. – O apoio desses partidos ao ditador Maduro fortalece a tese de um derramamento criminoso. Embora análises indiquem que o óleo encontrado em praias provavelmente foi produzido na Venezuela, não é possível afirmar até aqui se o derramamento foi realizado por algum navio daquele país”, diz a publicação, acompanhada de uma reportagem da TV Record.

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