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Avião de pequeno porte cai na Zona Norte de SP; dois morrem

Pilotos de 26 e 43 anos são as vítimas fatais do acidente, que deixou 13 pessoas feridas e afetou casas em área residencial na Casa Verde

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , André Siqueira Atualizado em 30 nov 2018, 21h20 - Publicado em 30 nov 2018, 16h24

Duas pessoas morreram e 13 ficaram feridas na queda de um avião de pequeno porte em uma área residencial no bairro da Casa Verde, Zona Norte de São Paulo, na tarde desta sexta-feira, 30. Segundo a Infraero, o monomotor Cessna 210 Centurion, matrícula PR-JEE, levantou do Campo de Marte às 15h55 com destino a Jundiaí e caiu após a decolagem. Investigadores Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apuram as causas do acidente.

As duas vítimas fatais são os pilotos Guilherme Murback, de 26 anos, e Leonardo Kazuhiro Imamura, de 43 anos, únicos ocupantes da aeronave. Até o momento, os bombeiros não sabem informar qual dos dois pilotava o avião.

Entre os 13 feridos, seis, com ferimentos leves, foram encaminhadas a hospitais. Os sete demais foram liberadas após atendimento no local.  

De acordo com a assessoria de imprensa dos Bombeiros, dois feridos foram levados ao Hospital do Tatuapé, na Zona Leste, especializado em atendimento a queimaduras. Conforme a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, quatro pessoas foram resgatadas pelo Samu, das quais três encaminhadas ao Hospital Geral da Vila Penteado e uma, ao Hospital Samaritano.

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A queda da aeronave destruiu uma casa na rua Antonio Nascimento Moura. Duas residências vizinhas foram afetadas, em menor parte. Segundo a capitão dos bombeiros Adriana Leandro de Araújo, as três casas não correm risco de desabamento, mas foram interditadas e as famílias não poderão passar a noite nelas. Um quarto imóvel, no fundo da casa mais atingida, passa por perícia.

As chamas da explosão, que também atingiram sete veículos, incluindo um caminhão, foram rapidamente controladas pelas dezesseis viaturas e 56 bombeiros que aturaram no local do acidente. As atividades de Bombeiros, Polícia Civil, Defesa Civil e Cenipa foram suspensas por volta das 20h10 e serão retomadas após a retirada do monomotor do local.

Não há previsão para que a empresa responsável pelo avião o remova do lugar do acidente. O Corpo de Bombeiros também aguarda a chegada da Eletropaulo, para que as equipes que estão no local possam mexer na fiação.

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De propriedade de Fernando Matarazzo, diretor comercial da Mitsubishi no Brasil, a aeronave que caiu foi fabricada em 1980 e tinha capacidade máxima para 5 passageiros. Adquirido pelo executivo em maio de 2015, o avião estava regular junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e tinha certificação válida até dezembro de 2022.

‘Fogo veio para cima do carro’, diz motorista

O motorista de aplicativo Selmo Eugênio da Silva, 44 anos, vinha com um passageiro da Barra Funda e passava pela região no momento do acidente. “O fogo veio para cima do carro, o passageiro se desesperou e saiu por cima de mim. Tentei sair, mas estava preso no cinto do carro. Quando consegui sair, poucos segundos depois, houve a explosão”, relata. “Nasci de novo, é mais um aniversário, não morri por pouco”, diz.

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O consultor de segurança Ricardo Bustamante, 47 anos, mora na rua onde ocorreu o acidente desde que nasceu e estava em casa, a aproximadamente 50 metros do local da queda, com a porta da garagem aberta. Sua mãe, Tânia, de 70 anos, estava com ele. “Quando sai pra fora de casa, corri até a esquina, havia o incêndio, mas não sabia o que era”.

Segundo Bustamante, o combustível começou a escorrer pela rua e os moradores passaram a orientar a retirada de carros e pessoas do local. Ele conta que, após o acidente, os moradores estão sem energia e internet nas residências.

Este não é, contudo, o primeiro acidente aéreo que ele presenciou. “Fazendo um churrasco em casa, no ano passado, chegamos antes dos bombeiros no Jardim São Bento [no acidente aéreo que matou sete pessoas, entre as quais o ex-presidente da Vale Roger Agnelli]”, relata.

Ele afirma que tem medo, mas não pensa em se mudar. “Quem mora na cabeceira do aeroporto vive com medo, é terrível. Fazemos uma brincadeira, de quando é que vão acertar nossa cabeça, porque dá medo de vê-los passando o dia todo”, afirma.

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