Após morte em escola, SP registra mais sete denúncias de possíveis ataques
Polícia investiga planos de adolescentes para novos episódios de violência; governo teme 'efeito contágio'
Em apenas dois dias, a Polícia Civil de São Paulo registrou sete ocorrências relacionadas a possíveis atentados em escolas do estado. Além do ataque realizado por um adolescente na segunda-feira, 27, quando uma professora morreu e cinco pessoas foram feridas a facadas, foram recebidas outras sete denúncias envolvendo alunos que estariam portando simulacros de armas ou fazendo ameaças em colégios. As autoridades temem que um “efeito contágio” possa estar incentivando outros jovens à violência no ambiente escolar.
Em dois desses casos, ocorridos em São Paulo e em Itapecerica da Serra, uma professora e um aluno foram ameaçados por adolescentes que prometeram replicar o ataque ocorrido na escola da Vila Sônia. Outro caso, registrado em São Bernardo do Campo, envolve um adolescente que levou um punhal à sala de aula; o jovem disse à Polícia que não ameaçou ninguém, mas que vem sofrendo ofensas homofóbicas e levou a faca para se sentir mais seguro.
Entre os demais registros, três resultaram em apreensão de simulacro de arma de fogo dentro das escolas, um deles portado por uma criança de apenas 11 anos de idade. A outra denúncia foi a de que um adolescente do 9º ano do ensino fundamental foi armado ao colégio, em São Paulo.
Nesta terça-feira, 28, o secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, fez um apelo para que a população e a imprensa tenham responsabilidade ao divulgar imagens e informações sobre o atentado que matou a professora na capital. “O efeito contágio é uma realidade e está demonstrando na prática o que acontece quando um caso é divulgado exaustivamente dessa maneira”, afirmou.