Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Após mais de 100 anos, STJ decide que Palácio Guanabara é da União  

Quarta Turma do tribunal negou por unanimidade pedido dos herdeiros da princesa Isabel sobre a sede do governo do Rio de Janeiro

Por Estadão Conteúdo 6 dez 2018, 21h42

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta quinta-feira, 6, por unanimidade, que o Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, pertence à União. A família Orleans e Bragança pleiteava desde 1895 na Justiça a devolução ou a indenização pela tomada do palácio pelo governo brasileiro após a Proclamação da República. Este é considerado o caso judicial mais antigo em tramitação no Brasil. Com a decisão, os ministros rejeitaram a possibilidade de indenização à família imperial, que ainda pode recorrer.

Por 4 votos a 0, ficou mantida a decisão que reconheceu que os Orleans e Bragança possuíam o domínio para uso e habitação, mas que a propriedade sempre foi do Estado. Os recursos discutem se o Palácio Guanabara estava incluído entre os bens privados da família imperial na Proclamação da República ou se era bem público destinado apenas à moradia, finalidade que teria perdido com a queda da monarquia.

Nos recursos Especiais 1.149.487 e 1.141.490, os herdeiros da princesa Isabel alegavam que o decreto presidencial proibindo a família de possuir imóveis no Brasil não estabeleceu pena de confisco em caso de desatendimento da obrigação de liquidar os que possuía.

Continua após a publicidade

A lei nº 166, de 29 de setembro de 1840, previa que “fundar-se-há um patrimônio em terras pertencentes à nação, cujo valor será ulteriormente determinado sobre informações do governo”. Em 1891, um decreto incorporou ao patrimônio nacional todos os bens que constituíam o dote ou patrimônio da princesa Isabel.

Os Orleans e Bragança pediam a restituição do imóvel e o reconhecimento do domínio dos legítimos sucessores da princesa Isabel sobre ele, de forma que o palácio fosse considerado integrante do espólio da família imperial. Se a Justiça entendesse ser impossível a devolução do imóvel, a solicitação dos herdeiros era para que a condenação fosse convertida em perdas e danos pelo seu valor atual, que é de, pelo menos, 60 milhões de reais.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.