Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Alckmin prepara saída do PSDB e articula para enfrentar candidato de Doria

Magoado com o partido do qual foi fundador, o político monta estratégia com o DEM e o PSD para disputar o governo de São Paulo em 2022

Por Gabriel Mascarenhas, Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 13h44 - Publicado em 4 jun 2021, 06h00

Geraldo Alckmin não está mais se sentindo em casa no partido que ajudou a fundar e pelo qual foi deputado, governador de São Paulo por quatro mandatos e duas vezes candidato à Presidência (2006 e 2018). O tucano hoje se sente traído pelo grupo ligado ao governador João Doria e caminha para disputar pela oposição o comando do estado, que é o berço do PSDB, a sua cidadela eleitoral há 26 anos e que será estratégico para a disputa presidencial em 2022, quando a sigla enfrentará o bolsonarismo e o petismo.

A mágoa de Alckmin tem um motivo: o partido não lhe franqueará as portas para tentar o quinto mandato. O candidato deverá ser o vice-governador Rodrigo Garcia, que trocou o DEM pelo PSDB e vai assumir o Palácio dos Bandeirantes em abril, caso avance o plano de Doria de sair de lá para tentar a Presidência (ele precisa ainda vencer as prévias do partido, agendadas para novembro). Com a porta da candidatura fechada, Alckmin está abrindo a de saída. Ele negocia com o DEM para disputar pela legenda, em um movimento que embute a expectativa de uma dupla vingança contra Doria: a de Alckmin e a de ACM Neto, presidente do DEM, que fixou isso como meta desde que o governador levou Garcia para o PSDB. Outra opção é o PSD de Gilberto Kassab. Segundo políticos próximos ao ex-governador, Alckmin já se vê e se movimenta nos bastidores como se estivesse fora do PSDB: passou as últimas semanas costurando apoios a sua candidatura.

Para segurá-lo, a cúpula do PSDB propôs a realização de prévias estaduais, abrindo mão da tradição de que quem está no cargo tem prioridade para ser candidato. Alckmin não mordeu a isca, pois sabe que seria difícil vencer Garcia sem a máquina do governo nas mãos. Outra tentativa seria convencê-­lo a concorrer ao Senado, mas José Serra não abre mão de disputar a reeleição. O PSDB sabe que, se Alckmin sair, levará prefeitos e diretórios de cidades grandes. Sem contar que ele lidera as pesquisas, seguido por Márcio França (PSB), o seu ex-vice. Já Garcia perde até para nomes da esquerda. A VEJA, bem ao seu estilo, Alckmin disse não ser hora de falar de política. “Vamos deixar mais para a frente.” Por mais que disfarce publicamente, o tucano que hoje é um estranho no ninho se prepara para bater asas.

Publicado em VEJA de 9 de junho de 2021, edição nº 2741

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.