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Advogado diz que autor do massacre na Noruega é insano

O advogado do autor do massacre que causou 76 mortes na Noruega classificou de insano seu cliente Anders Behring Breivik, cuja principal preocupação é salvar a Europa Ocidental de uma invasão muçulmana. Breivik, de 32 anos, confessou ser o autor da explosão no centro de Oslo e da matança na ilha de Utoya, que deixaram […]

Por Jonathan Nackstrand
26 jul 2011, 10h22
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  • O advogado do autor do massacre que causou 76 mortes na Noruega classificou de insano seu cliente Anders Behring Breivik, cuja principal preocupação é salvar a Europa Ocidental de uma invasão muçulmana.

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    Breivik, de 32 anos, confessou ser o autor da explosão no centro de Oslo e da matança na ilha de Utoya, que deixaram 76 mortos.

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    Falando à imprensa estrangeira nesta terça-feira, o advogado de defesa, Geir Lippestad, explicou que Breivik “odeia quem acredita na democracia” e esperava “ser morto nos atentados” que realizou.

    Explicou que o réu está convencido de que “atualmente há uma guerra e que existem duas células atuando na Noruega e várias no exterior” para levar avante esta guerra.

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    “Ele acredita que a guerra dele vai continuar por 60 anos e em 60 anos essa guerra será vencida”.

    Por outro lado, a polícia norueguesa estuda a possibilidade de acusar Breivik por crimes contra a Humanidade, segundo informou nesta terça-feira um jornal local, citando o promotor encarregado do caso. O ataque é considerado o maior massacre da história da Noruega desde a Segunda Guerra Mundial.

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    Esta acusação, que faz parte do Código Penal da Noruega desde 2008, prevê uma pena máxima de 30 anos de prisão.

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    De acordo com o jornal Aftenposten, o promotor Christian Hatlo afirmou que, por enquanto, a ideia é apenas de uma possibilidade.

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    “Por enquanto, a polícia se referiu ao parágrafo do Código relativo ao terrorismo, mas não descarta se valer de outras disposições da lei”, disse à AFP um porta-voz. No entanto, “não foi tomada ainda nenhuma decisão definitiva”, acrescentou.

    Também nesta terça-feira, o ministro norueguês da Justiça, Knut Storberget, agradeceu ao “fantástico trabalho” que a polícia efetuou após os atentados.

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    “São pessoas que trabalharam muito mais do que se poderia esperar de qualquer um. Pessoas que interromperam férias e que participaram voluntariamente em toda Noruega”, afirmou o ministro.

    Storberget elogiou ainda o “aspecto qualitativo” do trabalho dos policiais, destacando o esforço de homens e mulheres para restabelecer a segurança e a normalidade no país após os ataques.

    A atuação da polícia foi criticada pelo tempo que demorou em agir para prender o autor dos ataques.

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    A organização de cooperação policial europeia Europol, por sua vez, afirmou nesta terça que quer completar e atualizar seus dados relativos à extrema-direita na Europa, principalmente na parte setentrional do Velho Continente, depois dos atentados na Noruega.

    Na segunda-feira, Breivik foi preso preventivamente por oito semanas, sendo quatro em isolamento total. A pena, de acordo com a juíza Kim Heger, poderá ser renovada.

    Durante a audiência, o suspeito afirmou que com os atentados pretendia defender a Noruega e a Europa Ocidental contra uma invasão muçulmana e o Marxismo e que seu objetivo era causar o maior número possível de vítimas, contou Heger.

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    De acordo com o promotor, o jovem disse estar disposto a passar toda a vida na cadeia. Seu pai, Jens Breivik, declarou que era melhor ele ter se suicidado do que matar tantas pessoas.

    A polícia revisou na segunda-feira o número de vítimas nos ataques, reduzindo de 93 para 76. Foram 68 mortos no tiroteio em um acampamento de verão da juventude trabalhista na ilha de Utoya e oito na explosão de uma bomba no prédio da sede do Governo, em Oslo.

    O suspeito, que não teve autorização para comparecer de uniforme à audiência, aludiu à existência de “outras duas células” de sua organização, afirmou Geir Engebretsen, funcionário do Tribunal, em entrevista aos jornalistas.

    A audiência durou 40 minutos e foi realizada a portas fechadas por expresso pedido da polícia.

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