A tropa de choque dos candidatos no segundo turno
Presidente escala ex-ministros e aliados eleitos para o Congresso; ex-presidente também realinha campanha em tom mais reativo à agenda do adversário
A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, senadora eleita pelo Republicanos, no Distrito Federal, está com agenda de candidata. Assim como o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, eleito pelo PL como o segundo deputado federal mais vem votado do estado do Rio, e o ex-nadador Luiz Lima, reeleito também para a Camara pelos eleitores fluminenses. Os três foram escalados pelo presidente Jair Bolsonaro para turbinar a campanha do segundo turno nos estados e com grupos de eleitores específicos.
Damares esteve com reunião com ruralistas e tem previstas viagens à Bahia, onde nenhum dos dois candidatos ao governo do estado declarou apoio a Bolsonaro e o nome do PT, Jerônimo Rodrigues, surpreendeu na reta final e disputa com ACM Neto (União Brasil) – com maior número de votos. “Sou uma espécie de general eleitoral. E vou agora concentrar meu discurso nas críticas à possibilidade de legalização das drogas”, disse Damares. Pazzuello e Luiz Lima estiveram com Bolsonaro esta semana. O general comandará os rumos da campanha no Rio. Luiz Lima se concentrará no eleitor jovem.
Na campanha de Lula, que vem reagindo com ataques a uma espécie de guerra santa que tomou conta do segundo turno, ampliou-se sua estratégia atrás de mais voto entre os evangélicos. O ex-presidente conta no Rio, onde o governador reeeleito Cláudio Castro (PL) já declarou apoio a seu adversário, com engajamento do prefeito Eduardo Paes. “Serei o maior cabo eleitoral de Lula. Vou trabalhar loucamente”, disse Paes. No Nordeste, onde obetve maioria dos votos no primeiro turno, o ex-presidente seguirá classificando Bolsonaro de preconceituoso.