O procurador da República Deltan Dallagnol, membro da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná, criticou, neste sábado, a revisão de prisão em segunda instância.
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu, recentemente, pedido de habeas corpus para o ex-presidente do Detro-RJ (Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro), Rogério Onofre.
No entanto, Onofre foi alvo de um novo mandado de prisão do juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, na Operação Ponto Final – desdobramento da Lava Jato que cercou a cúpula do Transporte no Rio. “A revisão de prisões é algo catastrófico”, disse Dallagnol, que ressaltou ainda que o uso da delação só funciona quando a outra alternativa é pior.
Segundo o procurador, a atividade econômica brasileira é prejudicada pela corrupção e não pela Lava Jato. “Culpar a Lava Jato por danos econômicos é como culpar um policial por encontrar um cadáver. Existe uma correlação inversa entre corrupção e eficiência do governo”, disse, em palestra na manhã deste sábado, no Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais, organizado pela B3, em Campos do Jordão (SP).
(Com Estadão Conteúdo)