A praça do Rio onde há, em média, um tiroteio por dia
Espremida entre favelas disputadas por traficantes e milicianos, a Praça Seca, 'laboratório' da intervenção federal no Rio, tem uma rotina dramática
Em plena manhã de segunda-feira, ao menos vinte bandidos armados apontam seus fuzis para os motoristas e param o trânsito no corredor BRT Transcarioca, um dos pontos mais movimentados da Zona Oeste do Rio de Janeiro, por onde trafegam 230 000 pessoas por dia. A pé e em dois carros, eles fogem depois de um tiroteio que se prolonga madrugada adentro, aterrorizando os moradores da Praça Seca, área de classe média de Jacarepaguá que abriga quadrilhas em pé de guerra. Viver nesse pedaço carioca virou um pesadelo: ali, registra-se a média de um tiroteio por dia, a mais alta da cidade.
Há um mês, o cenário de embates ganhou novo integrante: patrulhas do Exército fazem do local um “laboratório” da intervenção federal na segurança pública do Rio, em vigor desde fevereiro. A intenção dos interventores é testar lá estratégias que combinam patrulhamento, operações e ações sociais durante um período. Na Praça Seca, porém, nada mudou até agora.
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