Grupos projetam mensagens contra Lula em prédios de Porto Alegre
Dizeres como “Lula preso” e “lei para todos” ficaram estampados em locais vistos por militância petista
Quem passasse próximo ao prédio do Centro Administrativo Fernando Ferrari, prédio público do estado, na região central da Capital por volta das 11h45 da noite da última terça-feira, véspera do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, poderia ver por alguns segundos mensagens projetadas com os dizeres “Lula preso” e “Lei para todos”. O prédio pode ser avistado tanto do TRF4 quanto do acampamento dos movimentos sociais em apoio ao ex-presidente. No hotel Sheraton, no bairro de classe alta Moinhos de Vento, onde estão hospedados líderes petistas e os advogados de Lula, a mensagem “Lula preso” foi projetada pouco depois (ver fotos abaixo).
A autoria da ação é dos grupos Movimento Brasil Livre (MBL), Vem PARA Rua (VPR) e a Banda Loka Liberal, que costuma tocar e cantar nas manifestações contra os ex-presidentes Dilma Rousseff e Lula.
Na terça-feira, um protesto dos mesmos grupos que ocorria ao mesmo tempo em que o ato de apoio a Lula reuniu cerca de duzentas pessoas no Parcão, o Parque Moinhos de Vento. O protesto teve buzinaço e um boneco Pixuleco dentro de uma gaiola, representando a torcida por Lula na cadeia.
“O Lula roubou, é o chefe da quadrilha do maior esquema de corrupção da história do país, ele não está acima da lei. Não tem motivo nenhum para não ser julgado como um brasileiro qualquer. A maioria dos brasileiros tem honra, tem dignidade, tem respeito pelo próximo, coisa que ele de fato não tem. Ele tem gritado a todos os cantos, a própria presidente do PT [Gleisi Hoffmann] dizendo que não aceita o estado democrático de direito. Como alguém pode dizer que defende a democracia se não respeita o poder Judiciário, não respeitas as instituições, não respeita a lei e o povo?”, opinou Paula Cassol, coordenadora do MBL.
No final da tarde desta quarta, está programado o CarnaLula, organizado pelos mesmos grupos, para comemorar o resultado do julgamento.