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Paulinho da Força resolveu se tornar um radical de esquerda depois de velho? Não cola!

Epa! José Rainha, o líder do MST do B, que comanda os sem-terra em São Paulo, anda de namorico com a Força Sindical? Acho que sim! O MST de João Pedro Stédile é ligado à CUT. A nota que a Força divulgou hoje é impressionante, sobretudo porque, como resta evidente, tenta politizar uma questão policial, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h35 - Publicado em 17 jun 2011, 22h31

Epa! José Rainha, o líder do MST do B, que comanda os sem-terra em São Paulo, anda de namorico com a Força Sindical? Acho que sim! O MST de João Pedro Stédile é ligado à CUT. A nota que a Força divulgou hoje é impressionante, sobretudo porque, como resta evidente, tenta politizar uma questão policial, investigada pela PF, que, como se sabe, não está a serviço dos “reacionários”. A propósito: quem acompanhou a formação dessa central conhece a vocação historicamente esquerdista da turma… Tenham paciência! Leiam o que informa a Folha Online. Volto em seguida:

Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Força Sindical condena a criminalização dos movimentos sociais com a prisão do líder sem-terra José Rainha Jr. na manhã de ontem.
“A Força Sindical tem a convicção de que denúncias precisam ser apuradas rigorosamente e os culpados têm de receber punição exemplar. Porém, não concorda com a posição de setores atrasados e conservadores que, usando de forma oportunista a prisão do dirigente, passaram a criminalizar e a pedir a punição dos movimentos sociais em geral, especialmente dos trabalhadores do campo que lutam pela reforma agrária.”

A central classifica o fato como “a nova e a velha direita em orquestração contra a democracia, contra as aspirações legítimas dos movimentos sociais e contra as justas e oportunas reivindicações dos trabalhadores do campo e da cidade”. A Operação Desfalque da Polícia Federal prendeu também outras oito pessoas, incluindo uma servidora do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o irmão e advogado de Rainha, Roberto Rainha.

Foram expedidos dez mandados de prisão. Segundo a PF, 50 policiais participaram da operação, que cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e sete de condução coercitiva –quando a pessoa é encaminhada para depoimento. Um servidor do Incra não chegou a ser preso, mas foi coagido a depor. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Andradina, Araçatuba, Euclides da Cunha Paulista, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Sandovalina, São Paulo e Teodoro Sampaio. A investigação começou há cerca de 10 meses para apurar crimes de apropriação indébita e extorsão contra os assentados, além dos delitos de estelionato, peculato e formação de quadrilha.

De acordo com a PF, as denúncias apontam que o grupo utilizou associações civis, cooperativas e institutos para se apropriar ilegalmente de recursos públicos destinados a manutenção de assentados em áreas desapropriadas para reforma agrária. A Folha não localizou os advogados de Rainha. A advogada de Roberto Rainha, Jeane Ambrósio, disse que irá definir a estratégia de defesa depois de ter acesso à investigação. Rainha tem passagens pela prisão por furto, formação de quadrilha, co-autoria em dois homicídios e porte ilegal de arma, entre outros crimes. Ele foi expulso do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em 2004, mas continuou participando de ocupações utilizando a bandeira do movimento.

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Em 2005, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre o líder.
“E quero dizer para o Zé Rainha que, muitas vezes, Zé, as pessoas têm… Eu já vi gente com medo de ficar perto do Zé Rainha, porque o Zé Rainha é perseguido, de vez em quando é preso. E eu quero dizer aqui, como presidente da República, Zé, o seguinte: você não é um companheiro de primeira hora, você é um companheiro que eu conheço há muitos anos, há muitos e muitos anos. E eu sei que quando eu deixar de ser presidente da República, muitos que hoje são meus companheiros, não serão mais, mas você, certamente, continuará sendo meu companheiro.”

Voltei
De “velha direita”, a central entende muito. Com a nova, não sei como andam as relações. Onde ela está? Tem endereço? Alguém já viu a fotografia? E cabeça de bacalhau? E enterro de anão? Alguém viu?  Estranha essa manifestação da turma nos termos em que vem. Até porque é preciso perguntar: cadê os “movimentos conservadores” que estariam “usando de forma oportunista a prisão do dirigente”? O deputado Paulinho da Força (PDT-SP) pretende dar início à sua carreira de radical de esquerda a esta altura do campeonato? Aliás, acabo de vê-lo na TV naaquelas inserções do horário político. O botox ainda deixará todos os políticos com a mesma cara: uma máscara imóvel, em que só se movem os olhos e a boca. A expressão desaparece. Deve ajudar a mentir.

Quanto a Lula, dizer o quê? Por onde quer que tenha andado, deixou registradas falas  que vão virar história.

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