Manifestante carrega a minha foto: “Cala a boca, Reinaldo Azevedo!”. Não calo!
Num dos protestos, um rapaz carregava um cartaz que trazia uma fotinho deste escriba com uma recomendação: “Cala a boca, Reinaldo Azevedo”. Quando eu tiver a imagem, divulgo. Duas coisas, não necessariamente nesta ordem: 1) não dou a mínima; 2) não calo. Enquanto o Brasil for uma democracia — vale dizer: enquanto o Movimento Passe […]
Num dos protestos, um rapaz carregava um cartaz que trazia uma fotinho deste escriba com uma recomendação: “Cala a boca, Reinaldo Azevedo”. Quando eu tiver a imagem, divulgo. Duas coisas, não necessariamente nesta ordem:
1) não dou a mínima;
2) não calo.
Enquanto o Brasil for uma democracia — vale dizer: enquanto o Movimento Passe Livre, que não negocia, mas impõe, não estiver no formalmente no poder —, não calo, mas falo.
Qual é o problema dessa gente? Não basta ter o apoio da esmagadora maioria da imprensa? Não bastam os ais e uis de alegria e satisfação, a celebrar a suposta vocação democrática de quem sai por aí, cassando o direito de ir e vir?
Ora, reconheçam ao menos o meu direito de, no jornalismo ao menos, integrar a minoria.
Não calo, falo! De resto, quanto mais se tenta criar um clima de unanimidade em favor daqueles que saem por aí estuprando a Constituição, mais me assanha a sede de exercitar o Artigo V da Constituição e dizer “não!”.