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Dilma toma decisão sobre os caças: comprará o Gripen da Suécia

Por Gabriel Castro, na VEJA.com: A fabricante sueca Saab fornecerá os 36 novos caças à Força Aérea Brasileira (FAB). O programa de substituição das aeronaves FX2, que envolve um orçamento de 5 bilhões de dólares, passou por diversos adiamentos nos últimos anos, mas a presidente optou pelo Gripen — a aeronave mais barata entre as […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h47 - Publicado em 18 dez 2013, 17h38

Por Gabriel Castro, na VEJA.com:
A fabricante sueca Saab fornecerá os 36 novos caças à Força Aérea Brasileira (FAB). O programa de substituição das aeronaves FX2, que envolve um orçamento de 5 bilhões de dólares, passou por diversos adiamentos nos últimos anos, mas a presidente optou pelo Gripen — a aeronave mais barata entre as três competidoras. Estavam no páreo a americana Boeing e a francesa Dassault. Mais cedo, a presidente Dilma Rousseff participou de uma cerimônia de encerramento do ano organizada pela cúpula militar. Lá, ela anunciou oficialmente que o ministro da Defesa, Celso Amorim, e o Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, estavam autorizados a divulgar o resultado da concorrência.

 O Gripen oferecido ao governo ainda é um projeto — não há nenhum modelo similar em operação no mundo. Suas versões mais antigas são avaliadas como mais adaptáveis e menos dispendiosas do que os similares oferecidos pela Boeing e pela Dassault. Entre os países que usam modelos Gripen estão Reino Unido, República Checa, Hungria e Tailândia, além da própria Suécia. A escolha dos caças encerra uma negociação que remonta a 1991, quando a Força Aérea Brasileira (FAB) decidiu que precisava renovar sua frota de caças. As únicas seis unidades em operação atualmente, os Mirage 2000, da Dassault, serão aposentados no dia 31 de dezembro e serão substituídos por modelos F5, enquanto o Gripen entra em processo de fabricação.

 Em 2009, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a anunciar que o Brasil havia escolhido adquirir os caças da França. A moeda de troca era o apoio do país à entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Tempos depois, o Ministério da Defesa negou que o governo tivesse tomado alguma decisão. Curiosamente, o então presidente francês Nicolas Sarkozy, no mesmo período, havia se negado endossar decisão do governo brasileiro de apoio ao Irã. O negócio dos caças foi desfeito em retaliação. A decisão sobre os caças ocorre pouco antes da aposentadoria do Mirage e dias depois de o presidente francês, François Hollande, vir ao Brasil acompanhado do presidente da Dassault, Eric Trappier, para se reunir com a presidente Dilma Rousseff. A compra dos caças esteve em pauta, apesar de os dois terem silenciado sobre o tema. Dilma teria aproveitado o encontro para dizer a Hollande que a compra do Rafale não ocorreria devido ao alto preço das aeronaves.

Snowden atrapalha Boeing
O tema dos caças foi preterido ao longo do governo Dilma. Nas poucas discussões consistentes sobre o tema, a favorita da presidente era Boeing. Não só a proposta de transferência de tecnologia da gigante americana havia agradado à FAB, como a vinda da empresa ao Brasil havia suscitado uma série de possibilidades de parcerias com a indústria que iam além dos F18. Segundo documentos sigilosos divulgados pelo Wikileaks, o brigadeiro Juniti Saito também havia explicitado, em 2009, a superioridade técnica da aeronave americana. Contudo, a saia-justa causada pelas denúncias do ex-técnico da CIA e da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, Edward Snowden, que revelaram práticas de espionagem do órgão a diversos governos — inclusive o brasileiro — colocaram a Boeing no fim da fila e colocaram no páreo apenas franceses e suecos.

Em entrevista ao site de VEJA, a presidente da Boeing no Brasil e ex-embaixadora, Donna Hrinak, afirmou que o F18 não só é tecnicamente superior, como também a proposta da empresa para o projeto foi aprimorada ao longo dos anos. Segundo Donna, o governo brasileiro tem toda a razão em condenar as ações da NSA, mas reafirmou que a força das relações comerciais entre Brasil e EUA vai muito além das denúncias. “É uma relação bilateral de muitos anos. Compartilhamos valores e interesses. E não podemos deixar que essa relação seja afetada por Edward Snowden”, afirmou.

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