Publiquei duas notas que citam o filme Tropa de Elite, de José Padilha, que ainda não vi. Um deles trata do que chamo crítica cultural. Falei, a título de provocação, um “não vi e não gostei” por causa da expectativa de uma denúncia contundente sobre a violência da polícia etc. Nos comentários, o juízo é quase unânime — e vem de leitores que não pegam leve com a esquerdopatia: O FILME É BOM e não cai em facilidades!!! Mais: prevêem que eu vá gostar porque, dizem, não lustra o politicamente correto e é muito bem-feito. Tanto melhor se for assim.

A outra coisa, com efeito, fascinante à sua maneira é a espantosa quantidade de gente que já viu o filme antes de ele ser lançado. Os cineastas têm aí o caminho das pedras. Se sou o diretor ou os produtores, em vez de tentar processar quem roubou a cópia da fita, dava-lhe um troféu. Quem viu a versão pirata acabará indo ao cinema, aposto.

Já imaginaram se o estado brasileiro fosse tão rápido e competente quanto a informalidade, incluindo as suas franjas que se misturam com o crime? Lula não teria por que invejar os países nórdicos nem demonstrar sinais de aborrecimento quando é obrigado a falar sobre o Brasil.

Voltando ao ponto. Então tá bom. Por enquanto, os internautas me convenceram: não vi Tropa de Elite, mas já gostei. Esperarei o lançamento. Tio Rei é aborrecidamente legalista e não assiste a cópia pirata de jeito nenhum.