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Weintraub inviabiliza avanço de projetos do MEC no Congresso

Gestão do ministro na Educação está isolada e sem condições de formular políticas que ajudem o setor

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 jun 2020, 07h55 - Publicado em 16 jun 2020, 07h01

No dia 9 de abril de 2019, Jair Bolsonaro deu posse a Abraham Weintraub no Ministério da Educação. Em seu discurso, o presidente disse esperar que o ministro construísse um país onde jovens fossem mais bem preparados que os pais e avós.

Em pouco mais de um ano no cargo, o ministro atuou diariamente para atrapalhar a missão delegada por Bolsonaro aos jovens. Ao desmontar projetos consolidados em nome de uma agenda ideológica descolada da realidade e das prioridades da Educação no país, o ministro isolou-se no governo.

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Weintraub comprou briga com parlamentares da Educação na Câmara. Comprou briga com parlamentares da Educação no Senado. Queimou as pontes como o chefe do Senado, Davi Alcolumbre, depois de ter se tornado o mais desprezado dos auxiliares de Bolsonaro aos olhos de Rodrigo Maia, o chefe da Câmara.

Num governo focado no que interessa, um ministro isolado como Weintraub seria demitido pela constatação óbvia de que perdeu condições de formar consensos políticos.

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Numa pasta importante para o avanço do país como a Educação, essa condição de formulador de políticas, em parceria com o Parlamento, deixou de existir sob o governo Bolsonaro.

Na edição de VEJA que está nas bancas, o Radar mostra que nenhum dos nomes escalados por Bolsonaro para a Educação conseguiu avançar em questões básicas, como o programa do material escolar. Passado Ricardo Vélez Rodrigues, o primeiro a ocupar o MEC, e agora nos estertores da gestão Weintraub, se o programa ainda funciona no governo é por causa de medidas adotadas ainda na gestão de Michel Temer.

Sob Bolsonaro, a Educação do país mergulhou no apagão gerencial e na negação do passado. Primeiro tentaram asfixiar o orçamento das universidades federais. Depois, bagunçaram o Enem. Por último, tentaram nomear reitores biônicos. Um desastre, mas ainda que fosse o melhor em termos de educação no mundo, faltaria apoio parlamentar ao ministro, que sequer consegue se fazer atender ao telefone pelos parlamentares.

Bolsonaro, que anda procurando motivos para demitir o auxiliar sem desagradar a Olavo de Carvalho e seus seguidores, poderia usar um argumento direto. A única tarefa dada por ele a Weintraub caiu no esquecimento.

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No fim de abril de 2019, Bolsonaro visitou o ministro da Educação na sede da pasta e saiu de lá com ele diretamente para uma entrevista com jornalistas que aguardavam na portaria do prédio. Deu-se então o anúncio da “medida” repassada por Bolsonaro ao ministro: o “dado alarmante” de supostos 1.000 casos anuais de amputação de pênis no país.

“Quando se chega a um ponto desses, a gente vê que nós estamos realmente no fundo do poço. Nós temos que buscar uma maneira de sair do fundo do poço ajudando essas pessoas, conscientizando-as, mostrando realmente o que eles têm que fazer, o que é bom para eles, é bom para o futuro deles, e evitar que se chegue nesse ponto ridículo, triste para nós, dessa quantidade de amputações que nós temos por ano”, disse Bolsonaro.

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