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Mensagens citam suposta atuação de Michelle Bolsonaro no caso das vacinas

'Michele (sic) está no circuito agora. Junto ao reverendo. Misericórdia', diz o policial Luiz Paulo Dominguetti em uma conversa de março

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 jul 2021, 17h24 - Publicado em 12 jul 2021, 16h41

Uma nova leva de mensagens do cabo da Polícia Militar Luiz Paulo Dominguetti, em poder da CPI da Pandemia, insere um novo personagem na nebulosa negociação de vacinas superfaturadas da Davati com o governo de Jair Bolsonaro.

Numa conversa registrada em 3 de março, Dominguetti fala com um interlocutor identificado como Rafael Compra Deskartpak sobre a operação em curso, naqueles dias, para que o grupo chegasse até Bolsonaro no Planalto. Como a CPI já descobriu, o reverendo Amilton Gomes de Paulo atuou para aproximar os supostos vendedores de vacina do gabinete presidencial. Ele entrou na empreitada por ser próximo da primeira família.

Nas novas mensagens, Dominguetti comenta assustado sobre os avanços do reverendo. “Michele (sic) está no circuito agora. Junto ao reverendo. Misericórdia”, escreve.

LEIA TAMBÉM: ‘Reverendo chegou na Presidência’, diz Dominguetti após citar Michelle

O interlocutor se mostra incrédulo diante do nome da primeira-dama. “Quem é? Michele Bolsonaro?”

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E Dominguetti retorna: “Esposa sim”.

O interlocutor orienta o policial a ligar para Cristiano Carvalho, CEO da Davati no Brasil, que pilotava a operação: “Pouts. (sic) Avisa o Cris”.

Não fica claro, quando Dominguetti diz que “Michelle está no circuito”, que tipo de participação a primeira-dama pode ter no caso. Os integrantes da CPI devem avançar sobre esse ponto para entender se a primeira-dama foi usada para que os supostos vendedores de vacinas chegassem a Bolsonaro.

+ PF abre inquérito para apurar se Bolsonaro cometeu crime no caso Covaxin

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