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Governo federal recusa pedido de Doria para SP assumir Cinemateca

Solicitação havia sido feita após mais um incêndio que atingiu prédio com grande parte do acervo

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 dez 2021, 08h30

O governo federal declinou oficialmente o pedido de João Doria (PSDB) para que a gestão da Cinemateca Brasileira passasse a ser feita pelo governo estadual em conjunto com a prefeitura de São Paulo. A resposta foi enviada há cerca de três semanas.

Logo após mais um incêndio que atingiu um dos prédios com o acervo da instituição, em agosto, a Secretaria de Cultura do estado recorreu à pasta de Mario Frias para que fosse feito um acordo. A ideia era que São Paulo assumisse a administração da Cinemateca, arcando com parte dos investimentos necessários.

“Pelo menos esse pedido eles responderam, porque mesmo antes do incêndio desse ano a gente já tinha feito um outro pedido de cessão, e eles [da Secretaria Especial de Cultura, do Ministério do Turismo] nem sequer responderam”, diz o secretário estadual de Cultura, Sérgio Sá Leitão.

Após imbróglio que envolveu governo federal, Ministério Público e sociedade civil, o prédio principal da Cinemateca voltou a funcionar parcialmente no último mês — por enquanto, só vistorias e controle de acervo. A Sociedade Amigos da Cinemateca venceu o edital e vai fazer a gestão pelos próximos cinco anos.

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O secretário de Cultura de São Paulo queixa-se, ainda, de que o pedido de cessão do Teatro Brasileiro de Comédia, na região central da capital, também nunca foi analisado pelo governo federal.

O TBC passou para a gestão da Fundação Nacional de Artes em 2008, e está fechado desde então. Entre alegações de falta e recursos e tentativas de parcerias com a iniciativa privada, o teatro foi um dos estopins para a saída do último diretor da Funarte.

Em maio deste ano, o coronel da reserva Lamartine Barbosa Holanda foi demitido pelo governo Bolsonaro e declarou que não podia aceitar “imposições equivocadas” da gestão Mario Frias — entre elas, a “nomeação de pessoal sem correta análise do perfil profissiográfico”.

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