Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Noblat Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Lucros com a cleptocracia angolana

Nesse bioma floresceu Isabel

Por José Casado
Atualizado em 30 jul 2020, 19h11 - Publicado em 28 jan 2020, 10h00

Estava tudo dominado no Brasil, em Angola e em Portugal. Inquéritos nas duas margens do Atlântico mostram como políticos e empresários ganharam fortunas em negócios obscuros e interligados, com dinheiro das empresas estatais Petrobras e da Sonangol e a participação de bancos e fundos públicos brasileiros, angolanos e portugueses.

Nesse bioma floresceu Isabel, afortunada primogênita do ex-presidente angolano José Eduardo Santos, com US$ 2 bilhões em patrimônio, acionista de 424 empresas, das quais 155 em Portugal e sete no Brasil, disseminadas por setores como energia, finanças e comunicações.

É sócia (15%) da Galp, que explora petróleo em sete áreas da costa brasileira (na Bacia de Santos, projeto Lula/Iracema). Os laços se estendem ao grupo Sonae, com 40 mil empregados, e avançam pela praça financeira europeia, onde liquida 42,5% do banco EuroBic. Nada seria possível sem o aval de governos e de auditorias como BCG, PwC e McKinsey.

Pode-se olhar para Isabel como filha dileta da cleptocracia angolana, mas não é possível abstrair vínculos do chefe do clã Santos, o ex-presidente José Eduardo, do seu vice Manuel Vicente e de alguns generais do MPLA em Portugal e no Brasil.

Em Portugal há inquéritos sobre pactos angolanos com o ex-primeiro-ministro José Sócrates, o banqueiro Ricardo Salgado (Espírito Santo), e executivos como Armando Vara, ex-presidente da Camargo Corrêa em Angola, hoje preso.

Continua após a publicidade

No Brasil, as alianças da cleptocracia se consolidaram sob Lula, privilegiaram a família Odebrecht, e abrangeram outros, como a Asperbras (grupo Colnaghi). A Lava-Jato coleciona testemunhos de Emílio e Marcelo Odebrecht, do ex-ministro Antonio Palocci e de ex-diretores da Petrobras sobre várias transações nebulosas. Uma delas foi relatada por Nestor Cerveró, antigo chefe da área Internacional da Petrobras. Ele contou como Angola “contribuiu” com US$ 12 milhões, o equivalente a R$ 48 milhões, para a campanha de reeleição de Lula em 2006.

 

(Transcrito de O GLOBO) 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.