A Comissão para Narcóticos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a retirada da maconha para uso medicinal da lista de drogas mais perigosas do mundo.
Composta por 53 Estados-membros, a comissão considerou uma série de recomendações feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para reclassificar a planta e seus derivados.
O voto ocorre ao mesmo tempo em que diversos países levam adiante a pauta para a legalização da cannabis e seus derivados, muitos deles para uso terapêutico.
O México foi um dos últimos países a legalizar o uso recreativo. Nos Estados Unidos, recentemente, eleitores aprovaram a descriminalização da cannabis em diversos estados.
Por aqui, a pastora evangélica Damares Alves, ministra da Mulher e dos Direitos Humanos, lançou uma cartilha sobre “Os riscos do uso da maconha na família, na infância e na juventude”.
Com ela, o governo quer se opor à aprovação de um projeto que autoriza o plantio da cannabis para uso medicinal. Um governo que desacredita a eficácia de vacinas pode muito bem fazer isso.
A cartilha foi apresentada ontem por três auxiliares de Damares, nenhum da área de saúde. Angela Gandra, secretária Nacional da Família, deu o tom da fala dos demais ao dizer:
“É paradoxal lutarmos pela vida e se desejar ao mesmo tempo legalizar o plantio de algo que pode levar ao suicídio, anular a liberdade humana. É o caminho para a escravidão.”
Emily Coelho, secretária Nacional da Juventude, foi na mesma toada: “Não há uso medicinal da maconha. É uma falácia da mídia. Não é inofensiva, é lesiva”.
Elas fumaram paia.