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Com a palavra, o presidente da República (8/7/2005)

O filho é teu

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h52 - Publicado em 24 mar 2019, 14h00

“Esse assunto não diz respeito à presidência da República”, disse há pouco ao jornal O Globo um graduado funcionário do Palácio do Planalto.

Referia-se à notícia de que o grupo Telemar não se limitara a comprar em janeiro último por R$ 2,5 milhões 35% das ações da empresa Gamecorp, que tem entre os sócios Fábio Luís Lula da Silva, de 28 anos, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas que pagara também mais R$ 2,5 milhões à Gamecorpo em troca da exclusividade do conteúdo produzido por ela – jogos eletrônicos destinados ao público jovem para transmissão via telefone celular.

O funcionário está certo. Como instituição, de fato a presidência da República nada tem a ver com o bom negócio feito por um dos filhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sociedade com dois filhos de um dos seus maiores amigos, Jacó Bittar, conselheiro da Petros, o bilionário fundo de pensão da Petrobrás.

Quem tem a ver com isso é o presidente. Ele tem, sim.

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No papel, o negócio pode ter sido legal – mas foi imoral.

O BNDES, banco público, é credor do grupo Telemar. A Previ, Fundo de Pensão do Banco do Brasil, é um dos donos do grupo Telemar.

A empresa dos filhos de Lula e de Jacó foi criada em dezembro do ano passado com capital de R$ 5,2 milhões. Um mês depois, sem dispor ainda de um único cliente, a Telemar injetou nela R$ 5 milhões, praticamente o capital da empresa.

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Quer dizer: na prática, a Telemar deu de presente uma empresa aos rapazes. E ainda teve a desfaçatez de dizer que só soube que o filho de Lula era um dos sócio da empresa depois de ter fechado o negócio.

Por sinal, o negócio foi intermediado pela empresa de consultoria Trevisan Associados, cujo principal sócio é Antoninho Marmo Trevisan, amigo de Lula e integrante do Conselho de Ética Pública da Presidência da República.

No início do governo, Jacó Bittar, compadre de Lula e padrinho de Fábio, já havia ganhado de presente o cobiçado emprego que tem hoje. Assim como Sérgio Rosa, amigo do ministro Luiz Gushiken, ganhara a presidência da Previ – que, não custa repetir, é um dos donos do grupo Telemar.

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Bem, se o presidente da República acha que não deve satisfação ao país a respeito do milionário negócio feito por um dos seus filhos e em tais circunstâncias, ele fica dispensado de oferecer daqui por diante qualquer satisfação a respeito de qualquer coisa. E, nesse caso, é melhor que seja dispensado da função.

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