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Jogo sujo na reta final da eleição e o filho-problema de Joe Biden

E-mails aparecem magicamente para tentar comprometer o candidato democrata com as lambanças do filho em negócios na Ucrânia

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 15 out 2020, 08h41 - Publicado em 15 out 2020, 07h59

Não existem santos nessa história, em nenhum dos lados.

A começar por Hunter Biden, o filho do provável presidente Joe Biden, que perdeu a carreira na Marinha por uso de drogas, envolveu-se com a viúva do irmão, teve um filho com uma stripper e faturou muito na época em que o pai era o enviado especial de Barack Obama a lugares onde o dinheiro dá em árvore para quem tem os contatos certos.

E a continuar por Rudy Giuliani, o ex-prefeito de Nova York que se tornou uma espécie de faz-tudo de Donald Trump.

Faz-tudo que é preciso, incluindo golpes abaixo da linha da cintura, para expor o conflito de interesses entre o Biden filho, Biden pai e o cipoal de corrupção e jogo pesado na Ucrânia.

Foi Giuliani quem vazou para o New York Post o conteúdo encontrado num MacBook de Hunter Biden, supostamente entregue ao FBI pelo dono de uma loja de eletrônicos onde o computador tinha sido deixado para conserto e nunca resgatado.

Os democratas dizem que é tudo armação, que os serviços secretos russos invadiram o Mac e repassaram a sujeirada para os apaniguados de Trump para tentar melar a vitória dada por garantida de Biden no próximo dia 3.

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É possível que tenham razão, pelo menos em parte. 

Como é possível que o conteúdo do computador, fora a parte íntima – de sexo e drogas -, realmente comprove uma motivação espúria para que Hunter fosse contratado como alto executivo da Burisma, gigante ucraniana do gás natural.

Por que o filho do vice-presidente valia um salário mensal de 50 mil dólares?

A experiência, em qualquer país do mundo, indica que era por causa da capacidade de influenciar o pai.

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A Burisma era um poço de encrencas, mas a própria natureza dos promotores que investigavam a corrupção em massa não passa no teste de honestidade. 

Jor Biden interferiu para afastar um desses investigadores, mas há dúvidas se a Burisma foi beneficiada.

A parte mais comprometedora envolve, justamente, mensagens de um integrante do conselho da Burisma, Vadim Pozharskyi, agradecendo a Hunter pelo convite para visitar Washington e pela “oportunidade de encontrar seu pai”.

Como Joe Biden desafia os mais puros crédulos e mantém a declaração de que nunca, jamais, em tempo algum falou com o filho sobre “seus negócios no exterior”, a mentira estaria comprovada.

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Se Trump e companhia conseguissem abalar o eleitorado de Biden com a revelação de um elo comprometedor com a empresa ucraniana, seria uma rara notícia boa numa campanha pouco promissora.

Além de uma vingança supremamente doce, pois foi por causa de um pedido de investigação sobre os negócios ucranianos de Hunter Biden que Trump foi submetido a impeachment no fim do ano passado.

Como está, até agora, o revólver fumegante não parece ter impacto suficiente para mudar votos.

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É provável que venham outras revelações, pois este é o modus operandi dos vazadores.

Conseguirão influenciar a eleição? Dificilmente, embora computadores invadidos sempre propiciem constrangimentos diversos.

Mas uma coisa é garantida: se Joe Biden for eleito, como dizem todas as pesquisas, terá que erguer uma muralha da China em torno do filho problemático – ao contrário do filho prefeito, Beau, que morreu de câncer no cérebro aos 46 anos, deixando a viúva com quem o irmão depois teria um romance.

“Ele é um cara muito inteligente”, já justificou Biden sobre a capacidade do filho de conseguir empregos formidáveis ou enormes quantidades de dinheiro para gerir em países que chegava a visitar com o paizão vice-presidente.

Os ronaldinhos sempre acabam chutando fora.

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