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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Veto ao passaporte da vacina isola Bolsonaro até entre líderes da direita

Governantes com os quais o brasileiro se identifica ideologicamente, como Viktor Orbán (Hungria) e Andrzej Duda (Polônia), têm posição favorável à vacinação

Por Da Redação 9 dez 2021, 17h38

As declarações enfáticas contra a exigência de comprovante de vacinação para entrar no país colocam o presidente Jair Bolsonaro em uma posição isolada no mundo. Poucos são os líderes mundiais com opiniões tão radicais sobre o chamado “passaporte da vacina”, que Bolsonaro vetou mesmo após a onda de preocupação global com a variante Ômicron.

Entre eles estão o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, e o líder da Índia, Narendra Modi. Os indianos já fizeram oposição pública à exigência do comprovante de vacinação para viajar. Em junho, em uma reunião promovida pelo G7, o ministro da Saúde da Índia disse que a medida era “discriminatória” por causa da desigualdade nos níveis de vacinação, principalmente entre países ricos e pobres. Ao contrário de Bolsonaro, porém, Narendra Modi já se vacinou e promoveu publicamente a vacina desenvolvida na Índia, a Covaxin.

Já o México é um dos poucos países no mundo que não exige testes de Covid-19 nem comprovante de vacinação para a entrada de turistas — ao lado de Costa Rica e República Dominicana –, segundo o último relatório da Organização Mundial do Turismo. Mesmo nesses lugares, o governo faz algumas exigências aos não vacinados, como a obrigatoriedade de contratar um plano de saúde.

O presidente López Obrador, conhecido como AMLO, é um dos poucos líderes no mundo que admite não ter planos para fazer qualquer exigência de vacinação de turistas. A Colômbia mudou de posição após o surgimento da variante Ômicron e passou a exigir o comprovante de vacinação. Em julho, ele criticou governos europeus por medidas contra a nova onda de contaminação: “Não precisamos exagerar.

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No campo da direita autoritária, até mesmo o húngaro Viktor Orbán — que é uma das fontes de inspiração para o presidente brasileiro — tem posição favorável ao passaporte vacinal. Orbán já deu declarações . O húngaro é contra a “discriminação” entre vacinas, ou seja, defende que todas as vacinas aprovadas por autoridades internacionais sejam aceitas. Orbán já declarou também que a vacinação em massa seria “o único caminho” para acabar com o sofrimento da pandemia.

Até o polonês Andrzej Duda, também de direita, que já deu declarações contra a obrigatoriedade da vacina no país, hoje adota a mesma política dos países que adotaram mais restrições. Na Polônia, estrangeiros que apresentam comprovante de vacinação são liberados de uma quarentena obrigatória de quatorze dias. Turistas que têm um teste negativo de Covid-19 ou um comprovante de que foram infectados e se recuperaram do coronavírus nos últimos seis meses.

As maiores economias do mundo, como Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França e Itália,  oferecem algum tipo de facilidade para a entrada de vacinados. Já a China mantém as fronteiras fechadas há quase dois anos. Os países que exigem apenas testagem contra a Covid-19, sem facilitar a entrada de vacinados, são minoria no mundo: 31% dos países, segundo a OMT. Quase metade dos países, 49% do exige vacinação de turistas ou facilitam a entrada de vacinados. Outros 21% dos países ainda estão completamente fechados para turistas.

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