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Por 2022, ministros-candidatos inauguram de ‘pracinha’ a posto policial

Com o governo Jair Bolsonaro sendo recordista em potenciais candidatos no primeiro escalão, compromissos oficiais se confundem com uma agenda de campanha

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 out 2021, 09h18

O governo do presidente Jair Bolsonaro é recordista em ministros candidatáveis desde a redemocratização, como mostra reportagem de VEJA desta semana: são doze os integrantes da Esplanada cogitados para as urnas em 2022. Com tantos potenciais candidatos, as agendas de alguns deles começam a refletir seus objetivos e ambições eleitorais. Exemplo disso foi o período que se seguiu à marca de mil dias do governo Bolsonaro, em 27 de setembro, quando uma verdadeira peregrinação de ministros tomou os estados para mostrar serviço à população.

Ciro Nogueira, possível candidato ao governo do Piauí, por exemplo, inaugurou uma unidade da Polícia Rodoviária Federal em Piripiri (PI). Em busca de ser o candidato bolsonarista ao governo do Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) foi a Canoas (RS) para abrir um posto de autoatendimento do INSS. No Rio Grande do Norte, o titular das Comunicações, Fábio Faria, entregou internet banda larga gratuita em um assentamento de Mossoró (RN), enquanto o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, concedeu sistemas de dessalinização de água e maquinário agrícola a 41 municípios. Os dois almejam ser candidatos ao Senado.

Ainda sob a mesma efeméride, o ministro do Turismo, Gilson Machado, postulante ao Senado por Pernambuco, viajou a Caruaru (PE) para inaugurar uma “pracinha da Cultura”. A secretária de Governo, Flávia Arruda, de olho em uma cadeira no Senado pelo Distrito Federal, foi a inaugurações de unidades de pronto-atendimento de saúde em Ceilândia e Paranoá, a um curso de praças e à entrega de uma medalha da PM local.

A agenda é intensa. De agosto para cá, Ciro Nogueira fez três viagens oficiais a cinco cidades do Piauí, onde participou, por exemplo, de um dia de “atendimento” a prefeitos pelo Ministério da Educação e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), cujo diretor é seu apadrinhado. O ministro mais poderoso do Planalto também esteve em uma cerimônia do Banco do Nordeste, além de ter entregue equipamentos a um hospital, anunciado a obra de uma ponte, visitado obras de um centro materno e da duplicação de uma rodovia federal. Na última terça, 19, estava prevista visita dele ao estado para inaugurar uma escadaria panorâmica dentro do Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI), mas as tratativas em torno do programa Auxílio Brasil na capital impediram que ele viajasse.

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Em disputa com Fábio Faria pelo posto de candidato bolsonarista ao Senado no Rio Grande do Norte e dono de uma das canetas com mais capacidade de gerar ativos eleitorais da Esplanada, Rogério Marinho teve onze agendas oficiais em quatro cidades do estado e deu quatro entrevistas a rádios locais no mesmo período. Suas “entregas” incluíram um conjunto residencial e o lançamento da pedra fundamental de um trecho ferroviário. Faria, por sua vez, também teve quatro viagens oficiais, que além de quatro entrevistas renderam resultados como a inauguração da primeira estação de TV digital do Programa Digitaliza Brasil, em Tenente Ananias (RN).

Ventilada como candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina recebeu entre o início de agosto e esta semana 19 prefeitos de municípios sul-matogrossenses, além de vice-prefeitos e vereadores. No início de agosto, ela recepcionou Tarcísio Gomes de Freitas em Campo Grande para a cerimônia de entrega da ampliação do terminal do aeroporto da cidade e a assinatura de ordens de serviço para obras viárias no estado. Outro exemplo de agenda voltada ao reduto eleitoral é Onyx Lorenzoni. De setembro para cá, Onyx se reuniu em 21 ocasiões com autoridades, políticos, empresários e entidades de classe do estado, incluindo dez prefeitos, e viajou a quatro cidades gaúchas.

Como se vê, não é apenas o chefe que trabalha em ritmo de campanha.

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