Pesquisa: a diferença entre homens e mulheres na hora de avaliar Bolsonaro
Segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas, as eleitoras reprovam mais o atual governo e tendem a votar menos no presidente em uma nova eleição
Há uma diferença numericamente bem perceptível entre homens e mulheres na hora de avaliar o governo Jair Bolsonaro e de manifestar a intenção de voto para a disputa presidencial de 2022 – eles estão mais ao lado do capitão, enquanto elas querem mais distância.
Segundo levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 25 de fevereiro e 1º de março, 55,1% dos homens aprovam o governo Bolsonaro e 41% desaprovam. Já entre as mulheres, apenas 38,5% aprovam, enquanto 56,1% desaprovam.
Em relação à eleição presidencial de 2022, no principal cenário pesquisado, Bolsonaro tem 39,3% das intenções de voto entre os homens e apenas 25,2% entre as mulheres. No caso delas, os votos migram principalmente para Fernando Haddad (PT) – que tem 12,1% dos votos com elas e 8,8% com os homens – e para Luciano Huck, que tem 10,1% no eleitorado feminino e 5,7% no masculino.
Durante a campanha eleitoral de 2018, houve um movimento significativo, que nasceu nas redes sociais e chegou às ruas de todo o país em um grande protesto no dia 29 de setembro, sob o mote “Ele não”. Os atos, liderados principalmente por grupos feministas e de esquerda, além de partidos de oposição. acusavam o então presidenciável, entre outras coisas, de machismo e misoginia (característica de quem tem ódio ou aversão às mulheres).
A diferença de atitude em relação ao presidente de acordo com o gênero já se mostrara nos resultados finais daquela eleição: entre os homens, Bolsonaro venceu por 61% a 39% dos votos válidos a disputa contra Haddad, enquanto entre as mulheres esses percentuais foram de 52% e 48%.
O levantamento atual do Paraná Pesquisas tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi feita por telefone com 2.080 eleitores de 196 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal.