Bolsonaro recebe prefeito que chamou coronavírus de ‘vírus boiola’
Político de Parnaíba conhecido como Mão Santa, que foi deputado, governador do Piauí e senador, também disse em vídeo que o Congresso é pior que a Covid-19
Em meio à crise mundial provocada pela disseminação do coronavírus, que já contaminou 291 pessoas e matou um homem de 62 anos no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro dedicou meia hora de sua agenda desta terça-feira, 17, para receber o prefeito de Parnaíba (PI), Francisco de Assis de Moraes Souza, mais conhecido como Mão Santa (sem partido).
Em vídeo divulgado no sábado 14, Mão Santa se referiu à contaminação como um “vírus boiola” (veja abaixo). O termo, usado para se referir a homossexuais, é considerado pejorativo. “O vírus sempre existiu, vai existir, é um microorganismo menor que causa doença. Mas, esse é um vírus boiola, de pouca malignidade”, diz o prefeito, que também é médico.
Em seguida, Mão Santa – que já foi deputado estadual, senador e governador do Piauí – afirma que o vírus não é pior do que o Congresso Nacional, que ele classificou como “apodrecido”. No domingo 15, apoiadores de Bolsonaro fizeram manifestações pelo país em defesa do governo e contra o Legislativo. Mão Santa participou do ato em Parnaíba.
De acordo com a mulher de Mão Santa, Adalgisa Moraes Souza, que também participou da reunião no Palácio do Planalto, Bolsonaro pediu para se reunir com o prefeito quando soube que o casal estava em Brasília para uma reunião com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, agendada para esta quarta-feira, 18. “Falamos sobre obras da cidade de Parnaíba”, disse Adalgisa ao citar a construção de uma ponte.
Nesta terça-feira, foi realizada a primeira reunião do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19 com representantes do governo para fazer frente ao avanço da epidemia no Brasil. Bolsonaro escalou o general Walter Braga Netto para chefiar o comitê e não participou da reunião.
Além do encontro com Mão Santa, a agenda de Bolsonaro desta terça-feira previu apenas quatro encontros breves de dez a vinte minutos com o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, o ministro do Gabinete de Segurança, general Augusto Heleno, e o ministro da Secretaria de Governo, e o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos.
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