Só coisa boa
Déficit, balança comercial, confiança empresarial. 2018 começa com indicadores positivos. E incertezas de arrepiar.
Déficit fiscal abaixo da meta, bolsas e balança comercial batendo recorde, venda de carros novos e índice de confiança dos empresários também em alta.
Todas notícias fresquinhas destes primeiros dias de 2018.
Se lembrarmos que a inflação já estava e, salvo imprevistos, vai seguir abaixo da meta, e que emprego e crédito mantêm nítido viés de alta, temos o cenário quase ideal para celebrar a chegada do ano novo.
Algo que o governo Temer se prepara para capitalizar como seu legado neste ano eleitoral.
Os países desenvolvidos crescem, garantindo demanda para nossas exportações.
Até a Coreia do Norte ajuda. Resolveu restabelecer negociações com a Coreia do Sul, e religou uma linha telefônica usada só pelas autoridades dos dois países. O canal de comunicação tinha sido cortado há quase dois anos. A iniciativa ameniza muito um foco de tensão que pairava sobre o mundo.
Se você quer continuar feliz, sugiro que pare a leitura por aqui.
E que não se informe, por exemplo, sobre as ambições presidenciais de Ivanka Trump, a primeira filha você sabe de quem.
Só nos faltava a dinastia Trump no comando do maior PIB do mundo e que, segundo um dos últimos twitters de papai, detém também o maior botão nuclear do universo.
Se você for uma ou um feliz proprietária/o de Nota do Tesouro Nacional (NTN), procure não ler o que Ribamar Oliveira escreve hoje no Valor, e que, no título, informa: “união está quebrada”.
Para assinante: https://www.valor.com.br/brasil/5244959/relatorio-mostra-que-uniao-esta-quebrada
No mesmo jornal, Maria Cristina Fernandes também deixa intranquilo o leitor minimamente patriota ou o investidor em potencial, ao escrever sobre “o país do calote”.
Idem para assinante: https://www.valor.com.br/politica/5244987/no-pais-do-calote
Se temos tantas coisas positivas, pra que se aborrecer, logo no dia 4 de janeiro, com presídios, homicídios e mortes nas estradas, não é mesmo?
Fato: há muito tempo não entrávamos num ano tão imprevisível quanto este.
Vêm aí as sentenças em que o principal candidato a presidente da república já foi condenado ou é réu.
Que bom que a sorte tem andado ao lado do Brasil.