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José Casado

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Informação e análise

Bolsonaro prepara um ‘pacote eleitoral’, com mais gastos

Expectativa de novos gastos agora é proporcional ao derretimento da candidatura. No governo e no Centrão espera-se que até março ele consiga se recuperar

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 dez 2021, 08h00 •
  • Vai ser a eleição mais cara ao bolso dos brasileiros. Isso em meio a uma pandemia com mais de 617 mil mortos e uma crise econômica que já deixou 46 milhões sem renda do trabalho, segundo a contagem oficial de setembro feita pelo IPEA.

    Ontem, um acordo entre partidos que sustentam Jair Bolsonaro e a oposição definiu a extração de R$ 21 bilhões do Orçamento do próximo ano.

    Aproximadamente R$ 15,3 bilhões serão destinados ao pagamento de “emendas de relator”, relevantes aos interesses de parlamentares em batalha pela reeleição.

    Outros R$ 5,7 bilhões seguirão para o caixa dos partidos, onde serão administrados no custeio de campanhas eleitorais.

    São casos simbólicos de uma situação de descontrole somado à inexistência de prioridades ou critérios de eficiência no uso do dinheiro público.

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    Transparência nas prestações de contas é quimera, como se observa na resistência do Congresso em abrir a caixa de segredos do orçamento paralelo e dos partidos em relação à sua contabilidade.

    Embora bilionários, esses gastos representam apenas uma fração do que está sendo desenhado para o primeiro trimestre: vem aí o “pacote eleitoral” de Bolsonaro.

    Depois de dar um calote em parte da dívida pública interna garantida por sentenças judiciais, o governo garantiu no Congresso um adicional de R$ 106 bilhões — metade para pagar necessário auxílio de R$ 400 às famílias pobres.

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    Agora, planeja nova série de gastos. Parte é para reforçar a imagem de Bolsonaro em segmentos de eleitores nos quais se apoiou na campanha de 2018 e onde se constata forte erosão. Pesquisas como as do Datafolha indicam perdas de até 40% entre quem lhe deu voto no segundo turno de 2018.

    Bolsonaro escolheu começar sinalizando a uma fatia da antiga base no setor público, o aparato de segurança.

    Três dias atrás, mandou o ministro da Economia, Paulo Guedes, pedir R$ 2 bilhões extras ao Congresso para “reestruturação de carreiras”, eufemismo adotado no Palácio do Planalto para dissimular aumento salarial aos agentes federais.

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    Outro lado do pacote tem foco nos extratos sociais onde, hoje, Bolsonaro alcança recordes de rejeição eleitoral — 60% entre os que ganham até um salário mínimo e 57% na faixa até dois salários mínimos, segundo o Ipec, antigo Ibope.

    São segmentos majoritários no eleitorado e, atualmente, sustentam o adversário de Bolsonaro na liderança em intenção de voto: Lula tem 57% da preferência entre os que sobrevivem com até um salário mínimo por mês e 51% na faixa até dois salários mínimos.

    A expectativa de novos e maiores gastos agora é proporcional ao derretimento da candidatura de Bolsonaro. No governo, no Centrão e no Partido Liberal, onde se abrigou, a perspectiva é de que até março ele consiga recuperar uma fatia do eleitorado perdido.

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    Caso contrário, corre o risco de assistir a um movimento sutil e gradual abandono dos aliados, que não pensam em retirar o apoio do partido e muito menos deixar o governo.

    Há precedentes. O clássico é de 1950, quando o advogado mineiro se candidatou à presidência pelo PSD. O partido manteve apoio formal, mas os líderes se engajaram na campanha do adversário Getulio Vargas, do PTB, que venceu a eleição. A “cristianização” tem sido recorrente na política brasileira.

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