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Pele de tilápia pode ser usada para tratamento de queimaduras no Líbano

Pesquisadores brasileiros querem doar material para auxiliar as vítimas da explosão

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 ago 2020, 18h57 - Publicado em 7 ago 2020, 18h49

Pesquisadores do Projeto Pele de Tilápia da Universidade Federal do Ceará (UFC) querem doar um estoque de de 40.000 centímetros quadrados de pele de tilápia para ajudar no tratamento de queimados das vítimas da explosão no porto de Beirute, no Líbano. A iniciativa é resultado do trabalho de cientistas do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), vinculado à UFC.

No Brasil, mais de 350 pessoas já passaram pelo tratamento com a pele de tilápia. O curativo comum exige que se aplique uma pomada no local machucado e a troca do curativo. O material do peixe evita esse processo porque o colágeno facilita a cicatrização com a aderência à queimadura. Caso a doação aconteça, entre 50 e 100 pessoas poderiam ser beneficiadas. Para que o tratamento seja ampliado no Brasil, ainda falta a aprovação da Anvisa.

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Em julho de 2017, o NPDM inaugurou o primeiro banco de pele animal do país como resultado dos estudos com a pele do peixe. A fase clínica 3 da pesquisa analisou o uso do curativo em 120 pacientes adultos do ambulatório de queimados do Centro de Tratamento de Queimados do Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, com idades entre 18 e 60 anos, e 30 crianças, de 2 a 12 anos.

O curativo biológico de tilápia é usado em pacientes com queimaduras de segundo e terceiro graus. De acordo com dados da UFC, o material diminui os procedimentos de troca de curativos, o que gera menos dor e desconforto ao longo do tratamento. Outro benefício é que a pele de tilápia tem maior quantidade de colágeno dos tipos 1 e 3, proteínas importantes no processo de cicatrização. O uso da pele de tilápia também evita contaminação bacteriana e perda de líquidos por secreção de natureza inflamatória.

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Para o professor e coordenador do NPDM, Odorico de Moraes, a iniciativa “se trata de uma ação humanitária da UFC. É a Universidade fazendo valer seus estudos para colocar à disposição da sociedade, transformando a pesquisa que é feita dentro da Universidade em bem social”. A doação depende dos trâmites burocráticos envolvendo autoridades brasileiras e libanesas.

De acordo com o coordenador do Projeto Pele de Tilápia e pesquisador do NPDM, o médico Edmar Maciel, “temos as peles, produzimos, estão esterilizadas e queremos doar”. Para concretizar a ação , ele reitera que cabe às autoridades brasileiras resolver os trâmites legais e burocráticos envolvendo os dois países.

O tratamento de queimados com pele de tilápia tem tido muitos êxitos, desde seu início em 2015, com o uso em pacientes do IJF. Além de ser utilizada em queimaduras, a pele de tilápia, como biomaterial, tem aplicação em feridas, cirurgias ginecológicas e medicina regenerativa.

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