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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Lula denunciado pela Lava Jato depois de tantos peixes pequenos: não tem preço

Blog resume e comenta as quedas e delações que serviram de aperitivo à fritura principal

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 21h51 - Publicado em 14 set 2016, 12h59

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– Lava Jato apresenta denúncia contra Lula às 15h desta quarta-feira (14) por ter tido despesas de R$ 1,3 milhão de um depósito de móveis pagas durante 5 anos pela construtora OAS e pela reforma de pelo menos R$ 777 mil do tríplex no Guarujá pela mesma construtora, favores que teria recebido em troca de tráfico de influência. Chega de se limitar a peixe pequeno.

– Para investigadores, os fatos demonstram “fortes indícios de pagamentos dissimulados” pela OAS em favor de Lula, porque o contrato se destinava a “armazenagem de materiais de escritório e mobiliário corporativo de propriedade da construtora OAS Ltda”, mas na verdade os guarda-móveis atendiam ao petista. Dissimular é mesmo com Lula.

[* Atualização de 21h30: Veja o post deste blog sobre a denúncia de Lula como “comandante máximo da propinocracia”: AQUI.]

– Caso o juiz Sérgio Moro aceite a denúncia – o que deverá acontecer –, Lula se torna réu pela segunda vez. A primeira é por obstrução de Justiça na compra de silêncio de Nestor Cerveró. A terceira deveria render no Fantástico a música “Não é nada meu”.

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– Relembro: Léo Pinheiro havia dito à PGR que o tríplex de Lula foi descontado da propina do PT, como revelou VEJA: “Ficou acertado que esse apartamento seria abatido dos créditos que o PT tinha a receber por conta de propinas em obras da OAS na Petrobras”. A cobertura de frente para o mar era só um trocado no esquema.

– Repito: Lula faturou quase R$ 30 milhões com supostas palestras, quase 10 milhões ao menos pagos por empreiteiras do petrolão. É o caso mais grave e ainda está sendo investigado. Perto dele, tríplex, guarda-móveis e sítio são só troco.

– Wikipédia: “A maioria das lulas não tem mais que 60 cm de comprimento, mas já foram identificadas lulas-colossais com catorze metros.” Lula não tem mais que 1,70 metro, mas já foram identificados esquemas colossais em seu entorno.

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– Estadão: “A possibilidade de Dilma Rousseff presidir a entidade ligada ao PT”, Fundação Perseu Abramo, “foi criticada durante reunião” entre Lula e as bancadas do partido na Câmara e no Senado. “Lula disse, segundo relato dos presentes, que Dilma precisa entender que a fundação é um colegiado e lá ela terá de ouvir opiniões, não podendo mandar sozinha”. Nem os petistas votam mais em Dilma e depois nós é que somos os “golpistas”.

– Escritório da mulher do ministro Dias Toffoli, do STF, recebeu em 2008 e 2011 um total de R$ 300 mil de Queiroz Galvão e Iesa, empresas suspeitas de repassar propinas de 1 bilhão de reais no âmbito do petrolão. Toffoli era sócio do escritório até 2007. Teria saído para abrir caminho aos pagamentos?

– Relembro: Toffoli votou a favor de que mulher e filha de Eduardo Cunha fossem julgadas junto com ele no STF, mas a Corte decidiu encaminhá-las para o juiz Sergio Moro, da primeira instância. Teria sido um voto por precaução, em causa (familiar) própria?

– Toffoli também votou pela prisão domiciliar de executivos de empreiteiras, incluindo Ricardo Pessoa, da construtora UTC. Essa decisão ainda não beneficiou os de Queiroz Galvão, Iesa e Andrade Gutierrez, mas pode servir como precedente em casos futuros. Repito: teria sido um voto por precaução, em causa própria?

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– Roberta Rangel, mulher de Toffoli, alegou ter sido remunerada após prestação de serviços às empresas. Toffoli afirmou que casos não se enquadram nas hipóteses em que ele teria de se declarar impedido para julgar processos relativos ao tema. Advogado de carreira no PT, Toffoli é o ministro indicado por Lula que mandou soltar o ex-ministro Paulo Bernardo, também indicado por Lula. Não é de sua natureza impedir-se de fazer o que está lá para fazer.

– A propósito: o julgamento da esposa de Paulo Bernardo, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), acusada de receber R$ 1 milhão do esquema de propinas instalado na Petrobras para sua campanha em 2010, foi marcado para 20 de setembro. Narizinho conta com Toffoli.

Eduardo Cunha é o peixe pequeno que PT faz de tubarão para terceirizar culpa dos grandes. Terão tempo para discutir relação no aquário de Curitiba.

– Petistas indignados com Cunha na segunda-feira já aposentaram a indignação na terça em que Léo Pinheiro entregou Ricardo Berzoini, ex-ministro das Relações Institucionais do governo de Dilma Rousseff. Sempre seletivos.

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– Léo: “O ministro [Berzoini] relatou que era uma preocupação muito grande do governo da presidente Dilma o desenrolar dessa CPI [da Petrobras] e que gostaria que as empresas, o quanto possível, pudessem colaborar para que essas investigações não tivessem uma coisa que prejudicasse o governo, não viessem a causar nenhum prejuízo”. Capa do Estadão faz a síntese exata: “Governo Dilma agiu para abafar CPI, diz Léo Pinheiro”.

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– Berzoini pediu ajuda de empresas para não prejudicar governo Dilma e defendia censura disfarçada de “regulação da mídia”. É o abafador petista oficial.

– Segundo Léo Pinheiro, o ex-senador Gim Argello pediu propina para poupar OAS e Léo pagou R$ 350 mil à paróquia São Pedro. Relembro meu vídeo “O Gim do Lula e da Dilma”:

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– Dilma queria Gim no TCU. O aparente melador de CPI seria um companheiro “isento” para julgar as contas do governo dela, sabe? Mas Gim não convenceu ninguém.

– Léo também pagou outros 2,5 milhão de reais repassados ao PMDB nacional — 1,5 milhão por doações legais e 1 milhão por caixa 2 – para serem usados na campanha do então senador Vital do Rêgo ao governo da Paraíba, em 2014. Vital acabou não sendo eleito, mas foi parar no TCU, de onde é vital para o Brasil que ele saia o quanto antes.

– Léo disse a Moro: “Eu sei dos crimes que cometi, não estou fugindo de nenhum deles e direi todos que cometi, seja quem for do outro lado”. A gente gosta assim.

– Se Léo Pinheiro abrir a boca sobre Lula para Moro como abriu sobre Gim, Vital e Berzoini, teremos momentos apoteóticos. Eu já separei a pipoca.

Felipe Moura Brasilhttps://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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