Sigam as balas
Munição pertencente à PF é um fio da meada que se bem puxado pode esclarecer muita coisa
É da maior relevância o fato de que as balas que mataram Marielle Franco e Anderson Gomes têm origem num lote de munição pertencente à Polícia Federal, usadas também no assassinato de 17 pessoas em São Paulo três anos atrás e vendidos à PF de Brasília pela Companhia Brasileira de Cartuchos, em 2006.
Do mesmo modo que investigadores de casos de corrupção seguem a trajetória do dinheiro, aqui é necessário seguir o caminho das balas. Como foram parar de Brasília no Rio e em São Paulo; se roubadas, há registro de queixa? Trata-se de um fio da meada que se bem puxado pode ter efeito semelhante àquela investigação em posto de gasolina da capital que deu origem à Operação Lava Jato.