Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Dora Kramer Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Coisas da política. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Salada mista

Bolsonaro persegue simbolismo das três notas de R$ 100

Por Dora Kramer 27 ago 2020, 16h06

Fala-se em pacote de desenvolvimento social e econômico, mas no que o presidente Jair Bolsonaro pensa mesmo é no benefício assistencial que possa lhe assegurar popularidade suficiente para entrar na disputa de 2022 em condições favoráveis. Da boca para fora faz profissão de fé na estabilidade econômica e da cabeça para dentro persegue a estabilidade, de preferência em viés de alta, em seus índices de avaliação positiva.

O tal pacote mistura assuntos diferentes como desoneração de folhas de pagamento, mudanças no Imposto de Renda, criação de imposto, programa de obras de infraestrutura, mas o foco dessa salada é o substituto do Bolsa Família. Daí a demora na apresentação do conjunto de projetos: a dificuldade de o ministro da Economia encontrar um jeito de dar ao presidente um Renda Brasil que lhe assegure a fidelidade dos mais pobres e, por isso, atraia a simpatia dos mais sensíveis.

A fórmula deu certo com Luiz Inácio da Silva, mas a diferença é que lá atrás, na época do então presidente, havia dinheiro e não havia teto de gastos. Agora não há dinheiro e há o teto. Não existe outro caminho para o ministro Paulo Guedes a não ser o de fazer a mágica, se a ideia dele for permanecer no governo, bem entendido.

Continua após a publicidade

Por ora o presidente insiste no valor de R$ 300. E por quê? Devido ao simbolismo das três notas de R$ 100 no bolso do beneficiado. Imagem muito mais forte que os R$ 200 e uns quebrados que Guedes considera o possível nas condições atuais. As três notas de R$ 100 ajudariam a minimizar o efeito da redução do valor do auxílio emergencial a princípio válido até o próximo mês de dezembro.

E se, ao fim e ao cabo, não for possível atender ao presidente? Para ele, sem problemas: já se consolidou como o defensor dos R$ 300 e assim, na condição de benfeitor rendido aos ditames da realidade madrasta, percorrerá o país numa reencarnação de pai dos pobres.

ASSINE VEJA

Aborto: por que o Brasil está tão atrasado nesse debate Leia nesta edição: as discussões sobre o aborto no Brasil, os áudios inéditos da mulher de Queiroz e as novas revelações de Cabral ()
Clique e Assine
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.