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Dora Kramer

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Lira e o pé esquerdo

Presidente da Câmara não consegue entregar o prometido aos seus pares-eleitores

Por Dora Kramer 2 mar 2021, 13h11

Vitorioso no público interno, Arthur Lira como presidente da Câmara vem colecionando derrotas em decorrência da grita do público externo. É a sina de quem comanda um colegiado que depende dos votos de “fora” para sobreviver como ocupante das cadeiras de “dentro”, à qual Lira pelo visto não deu o devido peso quando prometeu aos pares que sob sua batuta a banda tocaria no Parlamento ao ritmo exclusivo do bel prazer corporativista.

Presidentes, sejam eles de que Poder forem, em geral assumem com força política suficiente para obterem vitórias imediatas. Quando bons de serviço, seguem em trajetória ascendente. Quando razoáveis a conta acaba chegando na forma de derrotas, mas mais adiante. Dificilmente, no entanto, largam com tanta força no pé esquerdo como ocorre com Arthur Lira.

A favor dele é que há tempo de se adaptar à música da banda que vem de fora.

Lira assumiu “fortão” tanto pelo apoio do Planalto quanto pela vitória em primeiro turno, mas mal completou um mês e já colheu significativo plantel de passivos: não conseguiu impedir o acesso da oposição à Mesa Diretora, foi obrigado a recuar ideia de rever a prisão de Daniel Silveira, precisou arquivar na prática a PEC da Pilantragem e fracassou na tentativa de acabar com repasses obrigatórios para Saúde e Educação por meio da emenda constitucional de emergência.

Vai contratando outra derrota ao levantar a bandeira da reforma eleitoral cujo objetivo real é afrouxar a Lei da Ficha Limpa, enfraquecer a Justiça Eleitoral, rever regras que restringem acesso de partidos ao fundo partidário e ao horário eleitoral no rádio e na tv e ainda derrubar norma que impede coligações nas eleições proporcionais.

Se levar adiante, enfrentará nova grita. Assim como ocorrerá se atender aos correligionários na ofensiva mais bruta para revisar avanços patrocinados pela Lava-Jato. A operação pode ter sido enfraquecida nas instâncias de poder, todas elas. Mas segue forte no coração do eleitorado. O dono dos votos de “fora” que determinam quem faz ou deixa de fazer parte do ambiente de “dentro”.

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