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Mestre e doutor em Oftalmologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp), é presidente institucional do Instituto Coalizão Saúde e do conselho do Hospital Albert Einstein
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Volta às aulas presenciais deve ser o objetivo

Isso depende de as escolas serem capazes de seguir as orientações de saúde pública

Por Claudio Lottenberg
22 jan 2021, 09h26

As novas vacinas contra a Covid-19 oferecem às famílias a esperança de que a vida cotidiana possa voltar ao normal – e essa normalidade inclui, claro, a volta das crianças às salas de aula. Talvez se possa mesmo dizer que essa é uma das rotinas mais importantes a serem retomadas. As vacinas, no entanto, provavelmente não estarão disponíveis para a maioria dos alunos neste ano letivo.

A reabertura de escolas para aprendizagem presencial, mesmo em caso de não serem vacinados todos os alunos, não parece aumentar de forma significativa a transmissão do vírus pela comunidade. Isso depende, no entanto, de as escolas serem capazes de seguir as orientações de saúde pública (competência normativa das autoridades sanitárias).

O objetivo de toda escola deve ser o de que os alunos voltem a frequentar aulas presenciais – que, apesar das alternativas surgidas durante a pandemia, ainda é a melhor forma deles aprenderem. Isso porque as escolas oferecem mais que apenas conteúdos acadêmicos a crianças e adolescentes. Ir à escola não tem a ver apenas com aprender a ler, escrever e a usar a matemática. Lá, os alunos aprendem habilidades sociais e emocionais, fazem exercícios físicos e têm acesso a cuidados com a saúde e a outros serviços de apoio. Para muitos alunos, as escolas são lugares seguros e estimulantes para se estar, enquanto pais ou responsáveis trabalham. Para muitas famílias, as escolas são o lugar em que as crianças recebem refeições saudáveis, têm acesso à internet e a outros benefícios vitais.

Há uma série de medidas de segurança que as escolas devem seguir. Ninguém eliminará completamente o risco da Covid-19, mas a ação conjunta pode reduzi-lo de modo significativo. Entre as principais medidas estão: distanciamento físico, aproveitamento de espaços ao ar livre, uso de máscaras, higienização sistemática das mãos, salas de aulas com portas mantidas abertas, monitoramento de sintomas e sinais suspeitos – e essas são apenas algumas ações.

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Mas as escolas podem fazer mais, e devem. Elas precisam estar preparadas para atender, por exemplo, a uma ampla gama de necessidades de saúde mental durante a pandemia. Isso inclui reconhecer sinais de ansiedade ou angústia. Pode haver alunos que tenham perdido entes queridos para a Covid-19, e isso pode impor a eles uma carga excessiva de sofrimento. Alguns podem vir de famílias que tiveram perda importante de renda e estejam enfrentando o estresse que isso causa. Podem mesmo ter um medo crescente de eles próprios contraírem a doença. A triagem visual e auditiva deve continuar nas escolas. Tais serviços permitem prestar ajuda o mais rápido possível àquelas crianças que possam precisar de tratamento, para que não haja interferências em seu aprendizado.

Isto tudo mostra que o processo de levar crianças e adolescentes de volta às salas de aula exige agora um esforço, mas este certamente evitará prejuízos amanhã. E para que essa parte da normalidade cotidiana das vidas de milhões de famílias seja restaurada, é preciso agir, desde já. O que não é uma opção é cruzar os braços e tomar a atitude falsamente mais simples – a de deixar tudo permanecer da forma como está.

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