Bolsonaro corre o risco de perder palanque na Bahia
Tribunal de contas recomendou que candidatura do ex-prefeito de Salvador João Henrique, que apoia presidenciável, seja negada
Dos seis principais candidatos a presidente da República, apenas Ciro Gomes não tem palanque na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do país. Já o presidenciável Jair Bolsonaro (PSC) corre o risco de perder o apoio do ex-prefeito de Salvador João Henrique Carneiro, aspirante do PRTB ao Palácio de Ondina.
O palanque do presidenciável do PSC é incerto porque o Tribunal de Contas do Municípios da Bahia (TCM-BA) recomendou que o registro de candidatura de João Henrique seja indeferido, já que as contas dele, quando prefeito de Salvador entre 2005 e 2012, foram reprovadas. Cabe, no entanto, ao Ministério Público ingressar com ação para pedir o veto à postulação.
O MP informou que “a situação do candidato está sendo analisada”. João Henrique nega que esteja inelegível. Segundo ele, em 2016, o TRE-BA derrubou a decisão do TCM de reprovação das contas porque a Câmara de Salvador não respeitou os trâmites legais na votação. A corte eleitoral tem até o dia 17 de setembro para julgar o registro.
Já Ciro Gomes não tem palanque no estado porque o partido decidiu apoiar o governador e postulante à reeleição Rui Costa (PT). O petista baiano chegou a sugerir que sua sigla ficasse ao lado de Ciro Gomes na corrida presidencial, se a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) for indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A tese de Rui Costa, no entanto, já foi superada. A tendência é que o candidato a vice Fernando Haddad (PT) substitua Lula, caso seja proibido de disputar as eleições. Para o presidente do PDT na Bahia, o deputado federal Félix Mendonça, Ciro não se enfraquece sem palanque.
“Tem alguns palanques que é melhor não ter. Ele não vai ter palanque do governador, mas tem palanque do PDT aqui. E esperamos ter um palanque maior no segundo turno”, afirmou a VEJA. Na Bahia, o presidenciável Geraldo Alckmin tem apoio de José Ronaldo (DEM); a Rede de Marina Silva tem o palanque de Célia Sacramento; e Henrique Meirelles tem como aliado João Santana (MDB).