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Oliver: Devagar com a louça

VLADY OLIVER Que o santo é de pau oco. E supremo. O ministro barra busca na casa de Renan. O ministro concede liminar suspendendo o rito de impeachment. O ministro absolve réus do Mensalão condenados por formação de quadrilha. O ministro manda soltar executivo da Odebrecht preso na Lava Jato. O ministro revoga a prisão […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 23h11 - Publicado em 23 mar 2016, 16h32

VLADY OLIVER

Que o santo é de pau oco. E supremo. O ministro barra busca na casa de Renan. O ministro concede liminar suspendendo o rito de impeachment. O ministro absolve réus do Mensalão condenados por formação de quadrilha. O ministro manda soltar executivo da Odebrecht preso na Lava Jato. O ministro revoga a prisão de André Esteves. O ministro manda soltar o senador Delcídio do Amaral. Não são afirmações minhas. São da imprensa, captadas pelas boas antenas do Movimento Brasil Livre.

Sou levado a acreditar que o conjunto da obra já cheira a alguma coisa que aquele outro ministro da injustiça é chegado a degustar. Evidentemente, tamanho alinhamento com o crime não me parece mera coincidência, mas o exercitar de uma mentalidade torta. A justiça achada no lixo parece querer dar uma carteirada no país que presta, usando os escaninhos torpes da lei para fazê-lo. Não deixa de ser a mais abjeta demonstração de corporativismo, falta de isenção, suspeição para o julgamento e vontade de ameaçar um país, brandindo a lei torta e burocrata destas terras onde nascem bananas em profusão.

Os mais comedidos no julgamento antecipado do juiz que tem todo o jeitão de quem quer melar a Lava Jato atestam que ainda é cedo para chamar a coisa pelo que a coisa é. Não sei não. Vem aí a “mãe de todas as denúncias”, que vai mostrar que o buraco em que nos enfiamos ainda é muito mais embaixo do que se imagina. Tanto que o partidão retarda sua decisão de abandonar a mamulenga estacionada no Planalto não por coleguismo, mas para saber se a opinião pública ainda vai apoiar a agremiação, assim que as coisas boiarem na latrina da história.

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O país caminha para o caos político e institucional irreversível. Quando o público começa a perceber escancaradamente que os bandidos pleiteiam foro privilegiado para escapar da lei ─ e a lei é representada por um juiz de primeira instância que é intimado a dar satisfações de sua conduta, à revelia do mérito de suas conclusões ─ a coisa começa a cheirar ralo. A corriola quer se proteger. O máximo que conseguirão é deixar seus rabões de ratazana ainda mais à mostra para uma sociedade que já não se vê representada por poder público nenhum.

É perigoso o que vai acontecendo. Creio que um Supremo Tribunal Federal merece nosso respeito na proporção direta em que se faz respeitar, não pela letra fria do judicialismo, mas pela autoridade conferida pelo bom senso e por decisões. Ninguém aqui torce pelo justiçamento, meus caros. Pela barbárie. Pelo confronto armado. Ninguém aqui está inferindo que o juiz ou seu colegiado não mereçam o devido respeito como poder da República que são. O que está ficando descaradamente evidente é que essa turba não tem argumentos para a roubalheira que empreenderam, em nome de uma causa.

Se a justiça abdicar de fazer justiça em nome do compadrio, sinalizará aos decentes que o crime compensa por aqui. A partir daí, nem eles mesmo poderão se salvaguardar da Lei do Talião, que autoriza o olho por olho, o dente por dente, a careca pela careca. Eu não queria estar na pele flácida desse sinhôzinho. A senzala já está em polvorosa.

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