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Oito notas de Carlos Brickmann

Publicado na coluna de Carlos Brickmann        Num ótimo conto de ficção científica, algum fenômeno geológico fez sumir o piso dos cofres de Fort Knox, o grande depósito de ouro dos Estados Unidos. O guarda dos cofres, estarrecido, sem saber o que tinha acontecido, preferiu calar a boca. Por muitos anos o ouro […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 02h26 - Publicado em 19 dez 2014, 16h08

Publicado na coluna de Carlos Brickmann       

Num ótimo conto de ficção científica, algum fenômeno geológico fez sumir o piso dos cofres de Fort Knox, o grande depósito de ouro dos Estados Unidos. O guarda dos cofres, estarrecido, sem saber o que tinha acontecido, preferiu calar a boca. Por muitos anos o ouro foi despejado no buraco sem fundo. Sem problemas: o mundo funcionava do mesmo jeito. Mas, quando descobriram que o ouro tinha desaparecido, a economia internacional entrou em colapso.

Algo semelhante acontece com a Petrobras: há muitos anos a maior empresa nacional vem sendo roubada, o que não a impediu de crescer, de vender ações na Bolsa de Nova York, de desenvolver tecnologia, de comandar um gigantesco processo internacional de capitalização. Até que descobriram, e temos a crise.

O que está massacrando a Petrobras não é a roubalheira. É a descoberta da roubalheira. Se o Governo agir rápido para restabelecer a credibilidade da Petrobras, escolhendo um novo comando competente e inatacável (ao mesmo tempo em que combate a corrupção), estará dando um grande passo para reerguer a majestade da maior empresa do país, motivo de orgulho da capacidade brasileira.

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Quem seria o novo comandante? Dilma é que foi eleita para escolhê-lo, embora hesite em tomar decisões. Mas teria de ser alguém como foi Antônio Ermírio de Morais, alguém cujo nome já mostrasse que as coisas tinham mudado. Bolsa é expectativa, é perspectiva; um nome sério, reconhecido, no mínimo estancaria a queda das ações da Petrobras e trocaria o medo pela esperança.

Mão trêmula

Um fato é certo: Graça Foster está tão firme na presidência da Petrobras quanto Guido Mantega no Ministério da Fazenda. A dúvida é saber quem dura mais.

E por que Dilma demora a afastá-la? Digamos que deva ter seus motivos. Quando o aliado mais próximo do presidente Itamar Franco ficou sob suspeita, ele o afastou na hora, para só levá-lo de volta ao Governo quando as investigações o inocentaram. Dilma é diferente, prefere deixar a crise correr. E Graça, que sabe perfeitamente que não vai aguentar muito tempo, por que continua? Por que prefere ficar no olho do furacão? Digamos que também deva ter seus motivos.

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Turbulências

Enquanto a pilôta hesita, a investigação continua – e, ainda bem, não há como paralisá-la. Até quando o comando do país deixará a Petrobras sangrar?

Maldade

Lauro Jardim, colunista de Veja, diz que Eike Batista foi um profeta. Nos tempos de glória, garantiu que sua OGX um dia valeria tanto quanto a Petrobras.

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A frase

De Rui Falcão, presidente do PT, dia 9: “Essa tradição de combate à corrupção é nossa e ninguém nos toma. Nós não estamos lutando apenas agora contra a corrupção. Há muitos anos o PT se notabilizou por defender a ética na política e por combater todas as formas de apropriação privada de recursos públicos”.

Bolsonaro

O debate sobre as frases indignas do deputado Jair Bolsonaro, a respeito de não estuprar uma ministra porque ela não o merece, parte de uma premissa falsa: a de que Bolsonaro é importante. Bolsonaro é conhecido, elege-se com facilidade, elege os filhos, escolhe palavras radicais para defender golpes e ditaduras, mas não tem articulação política (tanto que não lidera bancadas, nem as que defendem suas teses mais caras, como pena de morte, tortura em casos de sequestro e tráfico; nem se elege para cargos executivos) e sua história política é pobre.

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…uma carreira

Bolsonaro é paraquedista do Exército e chegou a capitão. Por indisciplina (liderou manifestações por aumento, sem autorização dos chefes) foi preso por 15 dias. Ganhou alguma notoriedade e saiu candidato em seguida, elegendo-se vereador no Rio. Ligações partidárias? Muitas – e, verdadeira, nenhuma: esteve no PDC, PPR, PPB, PTB, PFL e PP. PPR e PPB eram o mesmo partido, que mudou de nome (hoje é o PP), mas mesmo assim ele passou por outras quatro legendas.

Que a Comissão de Ética cuide de seu mandato. Não vale a pena perder tempo discutindo um capitão indisciplinado que defende a disciplina para os outros.

Diretas já

Aquilo de que o Brasil precisa é, com a urgência possível, convocar eleições. Todos os nossos problemas estarão resolvidos:

1 – na campanha, Dilma dizia que a economia estava ótima, que a Petrobras estava extraindo petróleo do pré-sal, do pós-sal e até dos discos do Salgadinho.

2 – na campanha, Alckmin garantia que em São Paulo a água abundava, que mais um pouco correríamos o risco de nos afogar.

3 – na campanha, Dilma dizia que jamais teríamos outro apagão, que as represas estavam cheias (menos em São Paulo, por causa dos tucanos) e que as tarifas da eletricidade não só eram baixas como ainda iriam baixar mais. Mais baixos que as tarifas só mesmo os juros fixados pelo Banco Central.

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4 – na campanha, Alckmin dizia que todos seus compromissos da campanha anterior estavam em dia e que logo teríamos Metrô, todos nós, na porta de casa.

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