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Queimadas devastaram o equivalente a um estado de Roraima em vegetação nativa no Brasil 

Novo balanço aponta que, de janeiro a setembro, o Brasil teve 150% mais focos de fogo que no ano passado

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 out 2024, 18h43 - Publicado em 11 out 2024, 15h31
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  • QUEIMADAS - Amazônia em chamas: apesar do estrago nos últimos anos, especialistas apostam na recuperação da região -
    SEM ALÍVIO Amazônia foi a região mais atingida pelas chamas: maior parte que se perdeu era floresta (Douglas Magno/AFP)

    Em 2024, toda vez que o MapBiomas divulgou novo relatório sobre o uso da terra, o brasileiro teve a noção de como as mudanças climáticas estão sendo cada vez mais devastadoras. Primeiro porque transformam eventos climáticos comuns em extremos. É o caso da seca que atinge a maior parte do país.

    Segundo, porque dá mais um empurrãozinho à destruição provocada pelo homem, com o uso desenfreado dos combustíveis fósseis, pela poluição dos rios e mares e o desmatamento “justificado” pela produção de alimentos em grande escala. Até o mês passado, o Brasil registrava o dobro de queimadas que no ano passado. O novo relatório, que mensurou os pontos de fogo de janeiro a setembro, aponta que foi 150% maior.

    Isso quer dizer que, somando todas as áreas perdidas para o fogo, o Brasil torrou o relativo em área a um estado de Roraima, de vegetação nativa em sua maioria. Ao todo 22,38 milhões de hectares a mais que em 2023 no mesmo período.

    Metade dessa quantidade de terra fica dentro da Amazônia, o maior reduto de biodiversidade do mundo, que deveria ser preservado como um tesouro da humanidade, mas perde recursos, mesmo com todo o esforço do governo para preservá-la. A maior perda foi de florestas, um bioma que demora mais de quatro décadas para se recompor. O Brasil vive de fato uma tragédia ambiental.

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    Onde queimou mais

    Cerrado foi a maior área queimada no mês de setembro nos últimos cinco anos

    Foi o segundo bioma mais afetado pelo fogo em setembro, com 4,3 milhões de hectares queimados – quase metade dos 8,4 milhões de hectares consumidos pelo fogo nos primeiros nove meses do ano e um aumento de 117% em relação ao mesmo período de 2023.  É a maior área queimada em um mês de setembro nos últimos cinco anos, com 64% a mais que a média histórica para o período. A maior parte das áreas queimadas (88,3%) em setembro foi em vegetação nativa: foram 3,8 milhões de hectares, com destaque para formações savânicas (2,2 milhões de hectares) e campos alagados (1,1 milhão de hectares).

    Pantanal perdeu em setembro 92% de vegetação nativa

    Foram queimados 1,5 milhão de hectares nos primeiros nove meses do ano. Quase um quinto desse total (20%) pegou fogo em setembro (318.000 hectares). A maior área perdida era constituída de  vegetação nativa (92%).

    Mata Atlântica

    A maior parte dos 896.000 hectares queimados estava em áreas de agropecuárias. A cultura mais impactada foi a cana-de-açúcar, com 72.000 hectares queimados no mês.

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