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Onda de calor deve atingir o país a partir de quinta-feira; entenda

Fenômeno não será tão forte quanto o de novembro, mas temperaturas podem passar dos 40ºC em algumas regiões

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 dez 2023, 08h57 - Publicado em 12 dez 2023, 13h43
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  • Uma nova onda de calor deve atingir a região centro-sul do país a partir da próxima quinta-feira, 14.  A umidade do ar deverá atenuar o fenômeno, mas as temperaturas podem passar dos 40ºC em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Bahia durante o final de semana. 

    Na tarde desta terça-feira, 12, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja de perigo para as regiões sul, sudeste, centro-oeste e parte do norte e do nordeste, alertando para temperaturas até 5 graus centrígrados acima da média. De acordo com o Climatempo, apesar da onda menos intensa do que a que atingiu o país em novembro, o calorão deverá assolar boa parte do Brasil:

    O que causa essa onda?

    As altas temperaturas serão causadas por uma área de alta pressão atmosférica, que deixará o ar mais seco. “O vento gira no sentido anti-horário persistentemente, impedindo a precipitação”, afirma Regina Rodrigues, Professora de Oceanografia e Clima da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Coordenadora dos Grupos de trabalho sobre Risco Climático e Ondas de Calor Marinhas do Programa Mundial de Pesquisas Climáticas da ONU, em entrevista a VEJA. “Sem nuvens, mais insolação consegue chegar na superfície da Terra e o domo causado por esse vento impede que o calor de dissipe, o que causa o aumento nas temperaturas.”

    Esta é a nona onda de calor que atinge o país em 2023, o que pode ter a ver com o El Niño. “Esse fenômeno altera a circulação atmosférica, causando chuvas no sul e secas no norte e no nordeste”, afirma Rodrigues. “O que eu tenho visto é que os impactos desse evento natural estão sendo intensificados como resultado das mudanças climáticas.”

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    Quais os riscos?

    Os recordes de temperatura aumentam os riscos de incêndios e prejuízos à agropecuária. A sensação térmica muito alta também pode provocar riscos à saúde, como insolação em diferentes graus. Os mais vulneráveis e que precisam de mais atenção são pessoas idosas, bebês, crianças, gestantes e portadores de doenças crônicas, além da população em situação de rua. Animais domésticos também exigem atenção redobrada.

    O Ministério da Saúde preparou uma cartilha com algumas recomendações, entre elas: 

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    E as chuvas?

    Apesar do calor, a previsão do Inmet alerta para a possibilidade de pancadas fortes e localizadas de chuva nas regiões centro-oeste e sudeste nas próximas duas semanas. No sul, a combinação de calor e umidade favorece a formação de áreas de instabilidade que também podem provocar pancadas.

    Os maiores acumulados são esperadas para a região norte, onde o calor, a umidade e um fenômeno chamado de Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) podem causar chuvas fortes, raios, trovoadas e rajadas de vento. Os valores podem chegar aos 50 milímetros nesta semana e ultrapassar os 80 milímetros entre 19 e 27 de dezembro.

    A única região sem previsão de chuvas é o Nordeste, onde a expectativa é de tempo seco ao longo das próximas duas semanas. Um alerta amarelo de perigo potencial de baixa umidade foi emitido pelo Inmet e cobre todo o sertão nordestino.

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    Como foi a última onda?

    A última onda de calor atingiu o país em meados de novembro. O fenômeno fez com que as temperaturas ficassem 5 graus acima da média para a primavera, elevando as temperaturas para além dos 40 graus centígrados em boa parte do país.  No dia 19, a cidade de Araçuaí, em Minas Gerais, registrou 44,8 graus, a maior temperatura já vista no país. São Paulo também registrou calor recorde e, no Rio, a sensação térmica chegou a alarmantes 58,5 graus.

    As temperaturas assustadoras levantaram preocupações sobre a saúde e sobre os riscos do aquecimento global – não por acaso, o ano de 2023 será o mais quente já visto em toda a história. Apesar das consequências cada vez mais patentes, o rascunho do documento final da COP28, que está acontecendo em Dubai e termina nesta terça-feira, 12, não menciona a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis – medida considerada consenso entre especialistas como a única capaz de desacelerar as emissões de gases do efeito estufa e o consequente aquecimento global.

    (Com Agência Brasil)

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