Um dos maiores projetos do mundo de preservação ambiental por meio da detecção rápida e do combate eficiente de incêndios, o Abrace o Pantanal, acaba de ser lançado. O objetivo é preservar 2,5 milhões de hectares de áreas nativas desse que é um dos biomas mais importantes do mundo. Para isso, a iniciativa concilia o uso de câmeras de monitoramento, inteligência artificial e brigadas de incêndio.
Resultado da união de forças de organizações de diferentes frentes, o que deu origem ao nome, a ação conta com a parceria da startup Um Grau e Meio e participação da Brigada Aliança, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), do Polo Socioambiental Sesc Pantanal e da JBS, a maior empresa de alimentos do mundo.
“Em 2020, foi inquietante ver 26% do Pantanal, uma das principais reservas mundiais da biosfera da Unesco, ser consumido pelo fogo”, lembra o chief innovability officer (CIO) e cofundador da startup Um Grau e Meio, Osmar Bambini.
Ação consistente
A Um Grau e Meio disponibiliza o sistema de detecção instantânea de focos de incêndio, realizada por meio do software Pantera, que utiliza câmeras de alta resolução instaladas no topo de torres de comunicação, com capacidade de detectar focos de incêndio em questão de segundos.
As centrais de gestão independentes Brigada Aliança, IHP e Polo Socioambiental Sesc Pantanal reforçam a capacidade de comunicação, mobilização e planejamento. “O investimento em equipamentos vai permitir aumentar a capacidade de preservação contra os incêndios no Pantanal”, afirma Angelo Rabelo, presidente fundador do IHP. “O projeto é uma oportunidade de somar esforços no sentido de assumir um compromisso com a preservação do bioma.”
E o financiamento da JBS custeia a aquisição e a instalação dos equipamentos e o apoio às brigadas de incêndio, gerenciadas pela Aliança da Terra, que ficam espalhadas pela região, inclusive em unidades da empresa, com a capacidade de conter os focos no início. “Esses recursos e as informações via satélite propiciam grandes ganhos para a detecção de focos de incêndio”, afirma Liège Correia, diretora de Sustentabilidade da Friboi. “Ações como essa beneficiam toda a cadeia de valor da pecuária, já que os incêndios devastam o ecossistema, prejudicam seriamente as propriedades rurais e lançam à atmosfera gases poluidores que provocam o aquecimento global.”