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Mato Grosso nega pedido de ação do MP para evitar morte de animais no Pantanal

Secretaria do Meio Ambiente do estado responde que não há “risco de sobrevivência” da fauna e promotores analisam ofício

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 set 2024, 21h08 - Publicado em 6 set 2024, 20h30
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  • SECA EXTREMA - Pantanal: região ficou com cara de sertão... e também queimou
    SECA EXTREMA - Pantanal: animais em risco (Buda Mendes/Getty Images)

    Nesta sexta-feira, 6, a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA)de Mato Grosso do Sul respondeu negativamente ao ofício expedido pelo Ministério Público (MP), que pede ação urgente para evitar a morte dos animais na Estrada Parque Transpantaneira, que liga Poconé à Cuiabá.  Os promotores recomendam que haja suplementação de água. Mas na devolutiva oficial da pasta responsável diz que “dados coletados pelas equipes de monitoramento de campo, até o momento não evidenciou-se riscos à sobrevivência das espécies de animais silvestres”.

    A recomendação do MP foi embasada no monitoramento do ICMBio e Grad, principal grupo de suporte e resgate da fauna do país, conhecido por atuar em grandes tragédias como a de Brumadinho, em 2019, e a do Rio Grande do Sul, que ficou submersa este ano. A entidade já havia apontado, sem sucesso, a necessidade da intervenção do governo na garantia da segurança dos animais durante audiências públicas. Sem conseguir avançar recorreu ao Ministério Público, que depois de análise e investigação, expediu a notificação.

    Em julho, o ICMBio iniciou monitoramento na Transpantaneira. O monitoramento dos 105 quilômetros da estrada apontou 22 pontos críticos. Observaram 899 vertebrados, entre aves, mamíferos e répteis. Ao todo,  154 espécimes têm algum grau de ameaça. No grupo, 54,5% eram Mutuns-de-penacho, 16,2%, Antas; 11%, Cervos-do-Pantanal; 3,9% Macaco-Pregos-de-Azara; 3,2%, Tamanduás-Bandeiras; 3,2% onças-pintadas; 2,6%, bicudos e 2,1%, queixadas.   O relatório tem dados do MapBiomas, que reforçam a vulnerabilidade do bioma, com a crise hídrica e as queimadas. O documento ressalta que “em 2024, não houve a esperada cheia e os incêndios começaram mais cedo do que o previsto”.

    Fogo já consumiu 70% do total queimado em 2020

    Desde o início do ano o fogo já consumiu 2,6 milhões de hectares no Pantanal. “Chegamos ao marco de 70% do total queimado em 2020, que foi histórico”, diz Leonardo Gomes, do Instituto SOS Pantanal. Naquele ano morreram 16 952 milhões de vertebrados. “Mesmo com esse histórico, o estado travou a suplementação dos animais, o que poderia diminuir o grande estresse que estão passando.” Procurada pela VEJA, a assessoria do Ministério Público ainda não havia analisado a resposta da Secretaria do Meio Ambiente de Mato Grosso.

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    O estado é o que mantém o maior número de focos, com 933, seguido do estado do Pará, onde há 415. Nas últimas 24 horas foram registrados 28 pontos de fogo em todo Pantanal. A queda nas temperaturas, assim como a diminuição dos ventos, diminuíram a intensidade dos incêndios –situação que deve mudar com a perspectiva do aumento da temperatura nos próximos dias. 

    Ranking de incêndios nas últimas 24 horas, por biomas:

     

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