Frente fria chega no fim do outono no Brasil e deve piorar situação no RS
Especialistas também esperam pelo fenômeno La Niña, que deve esfriar as temperaturas globais a partir de julho
A massa de ar frio que começou a se descolocar na sexta-feira, 24, se espalha pelo país neste fim de semana, derrubando pela primeira vez no ano as temperaturas, apesar de o outono já estar no fim. Os ventos frios chegaram ao Sudeste, mas já atingem parte de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre e Rondônia. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) deu alerta amarelo, que significa perigo potencial de chuvas intensas em boa parte do país, inclusive no Norte, nos estados da Paraíba e Ceará. As chuvas aumentam a sensação e frio, que deve se estender ao longo da semana que vem.
Trata-se de massa polar mais intensa no ano. Para piorar a situação dos gaúchos, que lidam com a tragédia do transbordamento dos rios, há previsão de geada na região e também no estado de Santa Catarina. Para o mês de junho, o Inmet espera chuvas acima da média ao norte da Região Norte, leste do Nordeste, além de áreas pontuais do maranhão, Piauí, Ceará. O tempo também deve ser chuvoso no Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Vale lembrar que esta é uma época seca.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) prevê a chegada do La Niña, fenômeno contrário ao El Niño — que começou a esquentar as águas do Oceano Pacífico em junho do ano passado, enlouquecendo o clima em todo o mundo e provocando ondas de calor extremo, inclusive no Brasil. Portanto, esse ano deverá ser mais frio que o ano passado, mas o La Niña só deve influenciar o tempo a partir de julho. O fenômeno fortalece os ventos alísios, massas de ar frio e úmido, que se deslocam para as regiões de baixa pressão atmosférica e pela Equador. É um fenômeno que acontece a cada 3 ou 5 anos, mas podem ocorrer em anos sucessivos.