Na pista, os Fittipaldi

Os nomes mais importantes do automobilismo latino-americano foram capa de VEJA em 3 de fevereiro de 1971. Cinquenta e três anos depois, a Fórmula 1 se despede do mais velho dos irmãos: Wilson Fittipaldi Júnior, que encabeçou, junto com Emerson, a primeira e única equipe brasileira, conhecida como Fittipaldi-Copersucar

Por Natália Hinoue 29 fev 2024, 14h00

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TBT 3 DE FEVEREIRO DE 1971 | “Na pista, os Fittipaldi: os velozes irmãos da equipe da folha dourada”. Assim iniciava a reportagem de capa de VEJA que, ao longo de seis páginas, contava detalhes da trajetória de Emerson e Wilsinho.

“Os dois irmãos tinham cinco e oito anos e queriam ganhar a corrida de bicicleta patrocinada por uma emissora e disputada em frente ao maior estádio da cidade. “Coisa de gente grande”, diziam os meninos. E passaram o dia engraxando as suas bicicletas e a mãe preocupada imaginando como ficariam tristes se perdessem. Mas os meninos, cada um em sua categoria, ganharam. Eles sabiam correr”, dizia o texto.

“São os nomes mais importantes do automobilismo latino-americano, e é possível que de suas carreiras dependa o futuro do esporte no Brasil”, revelava a reportagem com fotografias exclusivas da infância dos pilotos.

Hoje, cinquenta e três anos depois, o país e o automobilismo sentem a perda do mais velho dos irmãos. Wilson Fittipaldi Jr. morreu na última sexta-feira, 23, em São Paulo. Ele estava internado depois de ter sofrido uma parada cardíaca no Natal do ano passado, mesmo dia em que completou 80 anos. “Durante o jantar, ele engasgou com um pedaço de carne e sofreu falta de oxigênio, seguido de parada cardíaca”, relatou sua esposa na época.

Foram 38 Grandes Prêmios de Fórmula 1 na década de 1970. Junto com o irmão, montou a primeira e única equipe brasileira de Fórmula 1 em 1974, conhecida como Fittipaldi-Copersucar, que competiu de 1975 a 1982, com Emerson no volante e Wilsinho na gestão.

Wilson Fittipaldi Jr. deixa a esposa Rita e o filho Christian Fittipaldi, que também teve passagem pela F1.

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