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Escrito nas estrelas: o mundo viu o espaço com mais clareza em 2022

Os primeiros registros do telescópio James Webb deslumbraram o planeta

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 dez 2022, 10h47 - Publicado em 23 dez 2022, 06h00

O espaço deixou de ser a fronteira final. Nas últimas décadas, tornou-se mais um novo território a ser desbravado pelos exploradores do futuro. E o mapa para esses mundos cósmicos, que estão além da Via Láctea, galáxia onde se encontra a Terra, começou a ser desenhado com mais clareza a partir de 2022, com os primeiros registros do telescópio James Webb. Lançado no fim de 2021, de Kourou, na Guiana Francesa, o supertelescópio chegou em janeiro ao segundo ponto da órbita Lagrange, ou simplesmente L2, a 1,5 milhão de quilômetros da superfície terrena. Formado por dezoito hexágonos com 1,32 metro de diâmetro, o espelho principal, que tem aproximadamente 25 metros quadrados de área, captou imagens fantásticas de galáxias, nebulosas, planetas gasosos e outros corpos celestes.

Entre os registros mais fascinantes está o da Nebulosa Carina, localizada a 7 600 anos-luz da Terra. Identificada em 1752 pelo astrônomo francês Nicolas-Louis de Lacaille, é uma das maiores e mais luminosas regiões de formação estelar da Via Láctea. Uma curiosidade sobre essa verdadeira fábrica de estrelas é que só pode ser vista do Hemisfério Sul. Outra imagem surpreendente, por abrir uma janela para o passado do universo, é do aglomerado SMACS 0723, que reúne milhares de galáxias — incluindo os objetos de luz mais fraca já observados por meio de sensores infravermelhos. Alguns pontos são corpos estelares que se formaram não muito tempo depois do Big Bang, que ocorreu há 13,7 bilhões de anos.

O delinear dessas fronteiras foi acompanhado de uma nova tentativa de chegar à Lua, com o lançamento da primeira fase da missão Artemis I em novembro. Na etapa de testes, impulsionada pelo foguete SLS, a cápsula Orion deu uma volta em torno de nosso satélite natural. Os planos da Nasa e de seus parceiros privados são ambiciosos: criar um posto avançado dividido entre uma estação orbital e outra em solo lunar. O envio de astronautas, um homem e uma mulher negros, de acordo com as intenções, está previsto para ocorrer até 2025. Países como Japão, Índia e Coreia do Sul também investem em missões de exploração não tripuladas. O mundo está pronto para a nova era.

Publicado em VEJA de 28 de dezembro de 2022, edição nº 2821

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