Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dilma nomeia três ministros do STJ

Antônio Carlos Ferreira e Sebastião Alves dos Reis Júnior são alvo de denúncias reveladas por VEJA

Por Luciana Marques
20 Maio 2011, 13h23

A nomeação dos três novos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial. Antônio Carlos Ferreira, Ricardo Villas Bôas Cuêva e Sebastião Alves dos Reis Júnior tiveram os nomes aprovados pela presidente Dilma Rousseff e pelos senadores, que sabatinaram os indicados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no último dia 10 e os aprovaram em Plenário no mesmo dia. Ainda não há data marcada para a posse dos novos ministros.

Antônio Carlos Ferreira e Sebastião Alves dos Reis Júnior foram escolhidos apesar de denúncias reveladas por VEJA. Ferreira é acusado de ameaçar e punir funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) que ingressaram com ações trabalhistas contra o banco estatal. Na época ele era diretor jurídico da instituição.

VEJA mostrou que o advogado teve atuação distante dos holofotes no cargo de diretor jurídico até ser acusado de violar o artigo 5º da Constituição – que garante a qualquer cidadão o direito de acesso à Justiça. “Se tenho dez empregados e um deles tem ação trabalhista, é razoável pelo interesse público e pela ética escolher um advogado que não tenha ação porque haveria conflito de interesses. Não teve qualquer discriminação em relação aos participantes”, justificou Ferreira na CCJ.

Já Sebastião Alves é acusado de “patrocínio simultâneo”, ou seja, de atuar em duas partes contrárias no mesmo processo, o que é crime e pode render de seis meses a três anos de prisão. Em dezembro de 1994, a empresa CNEC (Consórcio Nacional de Engenheiros Consultores), então pertencente ao grupo Camargo Corrêa, entrou com uma ação contra a Eletronorte pedindo uma indenização calculada hoje em 7 bilhões de reais.

Continua após a publicidade

Sebastião atuou como advogado da Eletronorte, pedindo que o pleito do CNEC fosse considerado improcedente – tese vencedora no tribunal. O caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça. E eis quem surgiu como advogado da CNEC: Sebastião e sua mulher, Anna Maria da Trindade dos Reis.

Sebastião Alves trabalhou na Eletronorte entre 1987 e 2000. Ele afirma que sua escolha para advogar pelo CNEC foi mero equívoco: “Na época eu estava fora do escritório. Acabaram incluindo meu nome indevidamente. Mas eu não tenho petição, não tenho nada no processo e depois que constatei isso pedi a renúncia dos poderes e quando houve o julgamento, o tribunal já sabia desse fato”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.