MP pede prisão de invasores do CT do São Paulo
Em 27 de agosto, integrantes de torcidas organizadas entraram no centro de treinamento, agrediram jogadores e roubaram material esportivo do clube
O Ministério Público pediu nesta quinta-feira a prisão preventiva de 12 envolvidos na invasão de torcedores organizados ao centro de treinamento do São Paulo, ocorrida na manhã de 27 de agosto. Na ocasião, os torcedores protestaram contra a má fase do time e chegaram a agredir alguns jogadores e roubar material esportivo do clube.
De acordo com o promotor Paulo Castilho, o Ministério Público pediu a prisão preventiva dos líderes da manifestação, entre eles membros das organizadas Independente e Dragões da Real. “Oferecemos a denúncia de formação de quadrilha, invasão de propriedade particular, dano e roubo qualificado, além de pedir a prisão preventiva, que está sob análise do Juizado do Torcedor”, afirmou Castilho em entrevista à rádio Jovem Pan.
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Os atletas do São Paulo, de acordo com o promotor, não vão agir juridicamente. “Todos estão com medo de tomar alguma atitude, tanto que os jogadores agredidos renunciaram ao direito de representação. Não vão processá-los”, declarou Castilho.
O promotor ainda solicitou o arresto de bens dos envolvidos para ressarcir as perdas do São Paulo e sugeriu que, caso a prisão preventiva não se concretize, os torcedores sejam afastados dos estádios. “Nunca nos deparamos com tamanha violência. Formaram uma verdadeira quadrilha para invadir o Centro de Treinamento”, afirmou Castilho.
Dentro de campo, o São Paulo reagiu na noite desta quinta-feira no Morumbi e ganhou do Cruzeiro por 1 a 0, com gol de Wesley, um dos agredidos na recente invasão ao CT. Com 34 pontos, o time ocupa o 12º lugar do Campeonato Brasileiro e na próxima rodada enfrenta o Atlético-PR, em Curitiba, às 16 horas (de Brasília) de domingo.
(com agência Gazeta Press)