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Presidente do São Paulo muda discurso sobre organizadas

Um dia depois de negar rompimento com as torcidas, Leco voltou atrás e disse que laços estão cortados desde julho

Por da redação
Atualizado em 29 ago 2016, 12h27 - Publicado em 29 ago 2016, 10h05

O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, causou confusão ao falar sobre a relação do clube com as torcidas organizadas. Neste domingo, ele declarou que a diretoria não rompeu com os torcedores, mesmo após a invasão ao centro de treinamento ocorrida no último sábado – ao contrário do que o próprio São Paulo havia divulgado e repetido diversas vezes.

“Eu não rompi com as organizadas. Nós modificamos a administração da relação com eles. Nas organizadas, a maioria é feita de bons e grandes são-paulinos, que temos profundo respeito. Uma ou outra figura, que se deixa influenciar por um comportamento tribal, não representa a maioria”, disse Leco.

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Nesta segunda-feira, porém, Leco desmentiu a si mesmo. Por meio de sua assessoria de imprensa, explicou a situação.  “Para esclarecer uma declaração dada por mim neste domingo, sobre a lamentável invasão praticada por integrantes de torcidas organizadas ao CT da Barra Funda, e que gerou dúvidas de interpretação, quero afirmar novamente que o São Paulo não poderia romper uma relação que não existe com as organizadas. Por isso, com o auxílio dos órgãos competentes, pretende a total responsabilização desses grupos pelos crimes cometidos na ocasião.”, disse o dirigente.

“O São Paulo reitera que não mantém nenhuma relação com as torcidas organizadas do clube desde o dia 6 de julho, após episódio de agressões e furtos cometidos por esses grupos contra torcedores dentro e fora do Morumbi, após jogo da Copa Libertadores. Desde essa data, o clube não mantém diálogo ou oferece ingressos, transporte ou qualquer outro tipo de ajuda financeira às organizadas. O posicionamento desta diretoria não mudou em nenhum momento e se manterá”, completou Leco.

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O São Paulo anunciou o rompimento das relações com as organizadas após tumulto causado na frente do Morumbi, na derrota por 2 a 0 para o Atlético Nacional, pelas semifinais da Copa Libertadores. “O São Paulo formaliza que não vai manter mais nenhum tipo de relação com as torcidas organizadas, em qualquer aspecto. Por fim, fará todos os esforços ao seu alcance, junto com as autoridades competentes, para assegurar que cenas lamentáveis como aquelas não se repitam, em respeito à história do clube e à paixão dos torcedores”, dizia o comunicado.

Em janeiro, Leco admitiu, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que o clube financiava os desfiles de Carnaval das torcidas organizadas e entregava cerca de 1.500 ingressos para as agremiações frequentarem os estádios. O dirigente afirmou que jogadores e dirigentes costumavam agradar os torcedores para evitar represálias e cobranças violentas, mas não via “chantagem” na relação.

Invasão – No último sábado, centenas de torcedores invadiram o treinamento no CT da Barra Funda para cobrar a diretoria e os atletas. Na confusão, os jogadores Carlinhos, Michel Bastos e Wesley foram agredidos.

O técnico Ricardo Gomes, poupado das críticas tanto no protesto de sábado quanto no último domingo, no Morumbi, no empate por 0 a 0 com o Coritiba, disse que, por ter chegado recentemente ao clube, prefere não comentar o assunto.

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“Não queria que acontecesse, mas aconteceu. É um assunto extremamente complexo. Isso é um problema social ou problema político. Quem conhece mais o São Paulo pode ficar mais à vontade para falar”.

No domingo, os 7.836 torcedores pagantes no Morumbi vaiaram a equipe e xingaram o presidente Leco e alguns atletas, entre eles, Michel Bastos e Carlinhos. Entretanto, nenhum ato mais agressivo foi relatado.

Torcida organizada do São Paulo invade o CT do clube na Barra Funda, zona oeste da capital paulista - 27/08/2016
Torcida organizada do São Paulo invade o CT do clube na Barra Funda, zona oeste da capital paulista (Marivaldo Oliveira/Código 19/Folhapress)

(com Estadão Conteúdo)

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